Eleição para Presidente e Governador medirá força política de Gilson e Engler

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 14 de junho de 2018 às 07:45
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:48
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De possíveis aliados em favor de Franca, Gilson e Engler voltam a se degladiar por votos

Uma das frases preferidas de Gilson de Souza, de seus tempos de vereador era: “A política é como uma nuvem: cada hora está de um lado”. 

A mineira frase volta a se confirmar na história política do ex-vereador, ex-deputado e agora Prefeito de Franca. 

Depois de viver um breve período na expectativa de que poderia contar com o ex-adversário contumaz, o também ex-vereador (nos mesmos dois mandatos de Gilson) o atual deputado Roberto Engler, para trazer verbas para Franca, eis que os dois estão de novo em campos opostos. 

Ironia das insondáveis surpresas que a política sempre carrega consigo, por pouco, muito pouco mesmo, os dois não estariam pela primeira vez juntos no mesmo palanque. 

Se o DEM se decidisse por apoiar o atual ex-vice Governador de Geraldo Alckmin e atual Governador pelo PSB, Engler e Gilson teriam que subir ao mesmo palanque, pedindo voto para o mesmo candidato. 

A ironia da política está em dois fatos recentes.um deles, de ontem: 

A) Após mais de 30 anos e como um dos fundadores do PSDB, fiel aliado de Alckmin, o deputado Roberto Engler migrou para o PSB de Márcio França., com o foco voltado no que chamou em suas justificativas de mudança de “novos ares, novas conquistas”. 

B) O DEM, partido de Gilson e de seu guru político, o deputado federal Rodrigo Garcia (que seria candidato a governador, mas que agora se contenta em ser candidato a vice), fechou apoio a João Doria  (justamente do PSDB ex-partido de Engler). 

Assim, Engler e Gilson, Gilson e Engler têm pela frente uma dura missão político-partidária-eleitoral: 

Quem carreará mais votos para seu respectivo candidato? 

Outra pergunta: 

A caneta do Governador, que tem sido nervosa na liberação de verbas, claramente correndo contra o tempo e atrás de votos, vai assinar o que Franca precisa? 

E isso será a pedido de Gilson (agora adversário oficial) ou a pedido deEngler, que foi para o lado de França, justamente em troca de “conquistas”?

Certamente, todas as respostas, só as urnas, com os mais de 317 mil votos de eleitores de Franca, darão. 

Mas uma já está dada: como dizia Gilson de Souza em seus tempos de vereador, a “política é mesmo uma nuvem”…

DEM COM DORIA

Enquanto o DEM negocia seu futuro nas eleições presidenciais, o partido fechou apoio à pré-candidatura de João Doria (PSDB) ao governo de São Paulo nas eleições de 2018. O anúncio da aliança estadual vai ser feito em coletiva de imprensa nesta quinta-feira ,14.

Com isso, o líder do DEM na Câmara e ex-secretário do governo Geraldo Alckmin, Rodrigo Garcia, desiste oficialmente de ser candidato a governador e passa a ser considerado para vice de Doria na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. 

O acerto para a vaga, no entanto, não deve ocorrer agora.

Para as vagas do Senado, a coligação deve ter um nome do PSDB e outro do PSD, acreditam líderes tucanos em São Paulo. 

Dentro do PSDB, disputam a vaga para a candidatura os deputados federais Ricardo Trípoli e Mara Gabrilli e o deputado estadual Cauê Macris.


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