Educador vai à Câmara pedir reforma de Centro de Prevenção em DST/Aids

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  • Publicado em 31 de julho de 2019 às 11:11
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:42
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Marcos Eduardo de Oliveira destaca sujeira e desorganização no local, além de demora na entrega de exames

O educador social Marcos
Eduardo de Oliveira utilizou a Tribuna durante a 26ª Sessão Ordinária da Câmara
Municipal de Franca na manhã de hoje, 30, para elogiar a realização da
Parada LGBTQI+, que ocorreu no último dia 21 de julho e apresentou um público total
de 6,5 mil pessoas. Não houve qualquer ocorrência registrada no desfile.
Primeiramente, Oliveira parabenizou a postura do chefe do Poder Executivo
Municipal, Gilson de Souza (DEM). “Foi o primeiro prefeito a manter diálogo com
a comunidade LGBT”, afirmou. No entanto, ele reclamou que foram solicitados
três mil preservativos masculinos e dois mil femininos  ao CTA
(Centro de Testagem e Aconselhamento) / Centro de Prevenção em DST/Aids, da
Prefeitura de Franca, mas o órgão só forneceu cerca de 50.

Marcos, em seguida, queixou-se
de que nenhum dos vereadores esteve presente no evento, e solicitou que os
parlamentares abraçassem mais as causas da população LGBTQI+, que é composta
por cerca de 20 mil pessoas em Franca. “Os ataques homofóbicos estão aumentando,
e precisamos discutir essa questão urgentemente”, disse.

O educador, enfim, reclamou das
condições do CTA, que atende os munícipes soropositivos e portadores de outras
ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). De acordo com ele, o local está
sujo e desorganizado, os funcionários são despreparados e até baratas são
vistas em suas dependências. Além do mais, um teste que detecta em 15 minutos a
contaminação pelo vírus HIV não está disponibilizado em Franca, apesar de já
liberado no SUS (Sistema Único de Saúde). “Peço que os vereadores possam
comparecer ao Centro para fiscalizar. É uma questão de saúde pública, e pessoas
têm sofrendo preconceito todos os dias”, comentou.

Marcos ainda alertou que o
número de adolescentes e adultos entre 16 e 25 anos contaminados com o vírus do
HIV está aumentando. “Os jovens não sabem usar o preservativo, e não há
campanha de conscientização”, declarou.

O vereador Corrêa Neves Jr.
(PSD) parabenizou Marcos pela realização da Parada, e destacou que era um
evento familiar. Ele justificou sua ausência por estar trabalhando no momento,
justamente realizando a cobertura jornalística do evento. O parlamentar se
comprometeu a estar presente no próximo ano.

“Quanto às queixas do CTA,
estive no local na última sexta-feira, 26. Encontrei o local limpo, com pessoas
trabalhando e sem fila de espera. Os banheiros estavam com papel higiênico e as
camisinhas se encontravam à disposição. Mas é um prédio antigo que precisa ser
reformado”, posicionou-se.

Oliveira encerrou seu discurso
afirmando que a comunidade LGBT também possui voz e que ela terá candidato a
vereador nas próximas eleições.

(Comunicação Institucional
Câmara)


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