E-commerce do Magazine Luiza cresce 56% no segundo trimestre do ano

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  • Publicado em 12 de agosto de 2019 às 23:06
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:43
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Vendas digitais já respondem por 41% do faturamento total; Base de clientes ativos chega a 22,3 milhões

​O Magazine Luiza (B3:MGLU3), uma das maiores
plataformas digitais do varejo brasileiro, acaba de reportar à Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) seus resultados financeiros do segundo trimestre de
2019.

Após concluir seu processo de transformação
digital, o Magalu adotou a estratégia de crescimento exponencial, com expansão
acelerada da plataforma de Marketplace, a entrada da empresa em novas
categorias de produtos, o desenvolvimento do superapp e o aumento da velocidade
de entrega aos clientes. 

Os resultados financeiros e operacionais do segundo
trimestre deste ano refletem a bem-sucedida execução dessa estratégia.

No período, o número de clientes ativos da
companhia aumentou, organicamente, 27%. A aquisição da Netshoes, em junho, fez
com que a base de clientes disparasse 53%, atingindo 22,3 milhões de
consumidores — sendo 128% apenas no e-commerce.

Pelo 10º trimestre consecutivo, as vendas
digitais registraram uma expansão acima de 50%. 

Na comparação com o mesmo
período de 2018, o crescimento do e-commerce foi de 56%. O faturamento dos
canais digitais atingiu, assim, 2,4 bilhões de reais no período, passando a
representar 41% das vendas totais.

Essa participação deve aumentar
substancialmente nos próximos meses, com a contabilização integral do faturamento
da Netshoes, líder brasileira no e-commerce de artigos esportivos, calçados e
roupas. (No segundo trimestre, o balanço do Magazine Luiza incorporou apenas 15
dias de vendas da empresa.)

O crescimento em ritmo chinês do e-commerce
do Magalu tem sido impulsionado, entre outros fatores, pelo desempenho do app
de vendas e do marketplace. 

Atualmente, cerca de 12 milhões de clientes acessam
o aplicativo do Magalu e das marcas Netshoes pelo menos uma vez por mês. Ainda
em junho, poucos dias após o anúncio da aquisição da Netshoes, as lojas
virtuais das marcas Netshoes (artigos esportivos) e Zattini (roupas) foram
incorporadas ao app do Magalu — agregando 250000 itens de estoque próprio,
além de milhares de outros oferecidos pelos cerca de 1 000 sellers da Netshoes.

Os sellers incorporados com a compra da
Netshoes reforçam a plataforma de marketplace do Magazine Luiza. Criado no
final de 2016, o marketplace já representa 24% das vendas digitais da
companhia. 

No trimestre, o faturamento da plataforma atingiu 583 milhões de
reais — um crescimento de quase 290% em relação ao mesmo período de 2018. Em
pouco mais de dois anos, o marketplace do Magalu atraiu 8 100 sellers, que
juntos oferecem 7,5 milhões de itens, de 36 categorias diferentes. 

Desse total
de parceiros digitais, cerca de 3 100 foram incorporados apenas entre abril e
junho deste ano. No seis primeiros meses de 2019, o marketplace Magalu
registrou 1 bilhão de reais em faturamento.

O crescimento acelerado da base de sellers,
do sortimento e das vendas do marketplace fortalece a estrutura da companhia
para desenvolver e escalar o chamado Magalu as a Service. 

Cerca de 60% dos
lojistas parceiros já aderiram ao Magalu Entregas e mais de 130 deles usam os
serviços de coleta e entrega de produtos ao cliente final por meio da Malha
Luiza.

“São indicadores como esses que levam
uma companhia a crescer em ritmo chinês”, diz Frederico Trajano, CEO do
Magazine Luiza.

“Como uma rede de lojas físicas, o Magalu levou 42 anos
para atingir o primeiro bilhão de reais de faturamento. O e-commerce precisou
de uma década para atingir esse mesmo nível de vendas. E foram necessários
apenas dois anos para que nosso marketplace se tornasse uma operação de 1
bilhão de reais.”

A estratégia de expansão acelerada vem sendo
acompanhada por maiores investimentos na qualidade e na velocidade dos serviços
prestados aos clientes. 

A entrega expressa — realizada em até 48 horas —
responde atualmente por 40% dos pedidos e atinge 290 cidades. 

E as entregas
feitas em até um dia já estão implantadas em cidades da Grande São Paulo, Belo
Horizonte e Campinas. 

Esses avanços foram possíveis graças à contribuição da
Logbee, startup de tecnologia logística comprada pelo Magazine Luiza em 2018 e
que hoje atua em mais de 100 cidades brasileiras.

A multicanalidade, marca do Magazine Luiza,
também contribui de forma crucial para o aumento da velocidade de entrega e do
nível de serviço prestado ao cliente. 

O sistema de Retira Loja, no qual compras
digitais podem ser retiradas em todas as quase 1 000 unidades físicas do Magalu
localizadas em 16 estados, equivale atualmente a 35% das entregas. 

Desde 2018,
as lojas físicas estão sendo transformadas em centros remotos de distribuição. 

Nos próximos meses, esse modelo de integração total entre o e-commerce e as
lojas físicas passará a fazer parte da operação da Netshoes, com ganhos
operacionais e de qualidade de serviço.

Entre abril e junho, as vendas das lojas
físicas aumentaram 9%. Um dos destaques do período foi a campanha Smartphoniza
Brasil, que incentivou o cliente a trocar seu celular usado por um aparelho
novo e com mais funcionalidades.

No período, a Luizacred, financeira do
Magalu, registrou sua maior taxa de crescimento da receita em cinco anos:
51,4%. 

A carteira atingiu 9,5 bilhões de reais no final de junho, um aumento de
44% em relação ao mesmo período do ano passado. 

A base do Cartão Luiza cresceu
24%. Agora, são 4,6 milhões de cartões em operação, utilizados tanto nas lojas
do Magazine Luiza quanto em outros pontos de venda.

Resultados Financeiros
Entre abril e junho, as vendas totais
do Magalu atingiram 5,7 bilhões de reais – 24,4% acima do registrado no mesmo
período de 2018, quando a promoção Sai Zica, que estimulava o consumidor a
trocar a TV para a Copa do Mundo, resultou na venda recorde de 1 milhão de
aparelhos e em um aumento de 43% no faturamento da companhia.

O lucro líquido foi de 387 milhões de reais,
175% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (se desconsiderados
os efeitos não recorrentes, o lucro líquido do trimestre é de 108 milhões de
reais, com margem de 2,6%). 

O Ebitda proforma (lucro antes de impostos, juros,
depreciações e amortizações) atingiu 304 milhões de reais, com margem de 7,2%.

Nos últimos 12 meses, a posição de caixa líquido do Magalu passou de 1,3 bilhão
de reais para 0,8 bilhão de reais — consequência direta da aquisição da
Netshoes.

A empresa encerrou o segundo trimestre com uma posição total de caixa
de 2 bilhões de reais.


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