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Cães e gatos também podem sofrer com doenças nos rins e donos devem ficar atentos a qualquer sinal
Março é o mês internacional do cuidado com doenças renais e, por isso, marcado pela campanha Março Amarelo .
O principal objetivo é conscientizar as pessoas dos problemas renais e as consequências que ele pode trazer – muitas vezes a morte.
Com os cachorros e gatos isso não é diferente, por isso os donos precisam ficar atentos a qualquer sinal, além de fazer corretamente a prevenção.
Caroline Bettini, veterinária, afirma que as principais doenças renais que atingem os cães e gatos são a Doença Renal Crônica, Insuficiência renal aguda, Glomerulonefrite, Pielonefrite e Cálculos renais.
Os felinos podem ainda apresentar Doença policística renal e Hidronefrose.
Os principais sintomas das doenças são perda de apetite, emagrecimento progressivo com evidente perda de massa muscular, náusea e vômito, pelos opacos, hálito forte (urêmico), feridas na cavidade oral, anemia e prostração intensa.
Em alguns casos é observado também aumento da ingestão de água e na quantidade de urina, que apresenta-se quase transparente. “Os animais podem apresentar os sintomas isolados ou associados”, afirma Caroline.
Apesar da espécie felina ser a mais afetada com as doenças, principalmente exemplares das raças persa, exótico e abissínio, algumas raças de cães também possuem predisposição para doenças nos rins. São elas: shih tzu, lhasa apso, poodle, west highland white terrier, bull terrier, schnauzer, chow chow e shar pei.
A melhor forma de prevenção é o incentivo para que os animais de estimação bebam bastante água, em especial os gatos que não possuem esse costume.
“Atualmente além da ração seca de qualidade, é indicado ofertar alimentos úmidos aos pets desde filhote para repor as necessidades hídricas. Também devemos nos atentar e evitar contato com plantas, alimentos e fármacos considerados tóxicos aos animais. Realizar visitas periódicas ao médico veterinário para acompanhamento preventivo é importante”, alerta a veterinária.
O tratamento vai variar de acordo com a doença renal e o estágio que ela se encontra.
Em todos os casos será necessário fazer acompanhamento com o veterinário, incluindo consultas e retornos periódicos para controle de pressão arterial, hidratação e exames de sangue e imagem para saber a evolução do tratamento. Além disso, a dieta do pet será reformulada.
“No caso da Doença renal crônica, a mais comum em gatos e cachorros, infelizmente, já houve perda de 75% da função dos rins, o que torna o quadro irreversível. O tratamento consiste em garantir qualidade de vida através de fluidoterapia (soro) para fazer com que estes rins filtrem o sangue e eliminem através da urina as toxinas circulantes no organismo”.
“Algumas medicações são associadas de acordo com os sintomas que o pet apresentar, por exemplo protetores gástricos, antieméticos, quelantes de fósforo e complexos vitamínicos”, explica Caroline.