Direção da CPFL na região atribui apagões a obras de ampliação das redes

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 16:45
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:32
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Apagões podem continuar até março, quando terminam as obras de melhoramentos

Pastor Otávio durante questionamentos a diretores da CPFL (Foto: Câmara Municipal)

​Diretores da CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz – estiveram na manhã desta terça-feira, 1º, na Câmara Municipal de Franca para dar explicações aos vereadores sobre diversos problemas ocorridos na prestação de serviços da empresa na cidade como apagões, demora para substituição de lâmpadas em áreas públicas e inclusão da população no SCPC – Serviço Central de Proteção ao Crédito – quando do atraso no pagamento de contas.

Questionado pelo vereador Pastor Otávio Pinheiro (PTB), que requereu explicações da companhia, Francisco Martins, diretor da CPFL em Ribeirão Preto, afirmou que os apagões ocorridos em outubro e novembro estão relacionados a obras que a companhia vem fazendo. “Gostaria que a população ficasse tranquila. Estamos fazendo uma obra para melhorar o sistema de transmissão em Franca. Começamos a fazer um grande investimento em 2011, que vai até 2016 aqui na região. Fará uma ligação entre Franca, São Joaquim da Barra até Barretos”, disse.

Martins disse que a obra atual tem o foco em dobrar a capacidade da subestação Guanabara, que atende a toda região norte. “Tivemos alguns efeitos em outubro e novembro em razão dessas melhorias. É como uma duplicação de rodovias. Temos que fazer alguns arranjos para atingir os objetivos desejados. Os eventos de falta de energia ocorreram por percalços nessas obras”, garantiu o diretor.

Os diretores afirmaram ainda que o investimento é superior a R$ 100 milhões e que o cronograma prevê que todas as melhorias sejam concluídas até o próximo mês de março. “Nosso planejamento é feito olhando cinco anos para a frente, porque qualquer grande projeto nosso demanda no mínimo esse período”, concluiu Francisco Martins.

Cordeiro (PSB) contestou a demora da companhia para a troca de lâmpadas de iluminação pública. “Nossa meta hoje é trocar em até 48 horas após a solicitação e estamos à disposição para tentar melhorar esse atendimento”, disse o diretor.

Zezinho Cabeleireiro (PPS) questionou a inclusão dos usuários nos serviços de proteção ao crédito em curto espaço de tempo. “Todo mundo tem dificuldades e vocês já podem fazer o corte quando atrasa. Tem que ter uma certa paciência em relação a isso, porque suja o nome das pessoas e atrapalha até para o comércio local”, afirmou.

Martins afirmou que há o foco em diminuir a inadimplência e que o caso será encaminhado para o setor financeiro da CPFL. “Vamos encaminhar para Campinas. Não queremos os cortes e as inclusões, mas isso é tudo sustentado por embasamento legal”, disse a gerente da empresa em Franca, Cláudia Lemos.

Valéria Marson (PSDB) e Vergara (PSB) também questionaram sobre falhas gerais no fornecimento de energia elétrica, ao que Martins disse que a média de horas sem energia em Franca é abaixo das médias do Estado de São Paulo e do Brasil.

Bahia (PTB), por sua vez, disse que está indignado com os prejuízos causados pelas constantes quedas de energia. “Se vocês estão fazendo com cinco anos antecipados tenho medo de imaginar se não fosse assim. Estaríamos perdidos”.


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