compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
Exposição de imagens homoafetivas causou reação de pais e manifesto de deputado federal
A exposição de cartazes com proposta inicial de combater a homofobia foi encerada de forma espinhosa na Escola Estadual Homero Alves, no Centro de Franca.
A intenção inicial seria combater a homofobia, mas a forma com que tudo aconteceu acabou por incitar ainda mais reações violentas. Os cartazes traziam pessoas do mesmo sexo em situações de afetividade.
Isso causou a indignação de pais contrários à escola se manifestar em um assunto que é estritamente pessoal, como a sexualidade de cada um, em um ambiente frequentado prioritariamente por adolescentes com idades entre 11 e 17 anos.
Mas uma das imagens causou ainda mais alvoroço: um gay aparece no chão, ensanguentado, e sendo espancado por religiososos – pastores e padre – com a Bíblia Sagrada.
O caso chegou à Câmara Federal e, nesta quarta-feira, o deputado e pastor Marcos Feliciano fez declarações condenando a exposição e ameaçando interferir na questão.
“Muitos não concordam com essa exposição sendo colocada na escola de forma obrigatória. Não se combate o ódio com mais ódio, nem preconceito com mais preconceito. É uma grave agressão aos cristãos pastores e padres serem retratados nos quadros como assassinos, usando a Bíblia Sagrada como instrumento de tortura. É uma atitude, a meu ver, criminosa, infringindo o artigo 208 do Código Penal”.
Feliciano inclusive recomendou que pastores procurassem a Polícia Civil e afirmou que acionaria, “se fosse o caso”, o secretário de Estado da Educação para que fossem tomadas “medidas administrativas cabíveis”.
Coincidência ou não, no dia seguinte, quinta-feira, o diretor regional de Ensino, Marcos Amaral, determinou que a escola retirasse todos os cartazes e colocando a direção da escola à disposição dos pais para dar explicações necessárias.