Dia 29 de junho é comemorado o dia dos apóstolos Pedro e Paulo

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 29 de junho de 2018 às 00:23
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:50
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São Pedro e São Paulo foram os principais líderes da Igreja Cristã primitiva, conhecidos por sua fé e pregação

A festa, ou melhor, a solenidade dos santos Pedro e Paulo é das
mais antigas e mais solenes do ano litúrgico.

Foi inserida no santoral muito antes da festa do Natal e havia
desde o século IV o costume de celebrar neste dia três missas. A primeira na
basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo fora dos
Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos dois
apóstolos tiveram de ser escondidas por algum tempo para não sofressem
profanação.

Depois da Virgem Santíssima, são precisamente São Pedro e São
Paulo, juntamente com são João Batista, os santos comemorados mais
frequentemente e com maior solenidade no ano Iitúrgico: além da festa do dia 29
de junho há de fato o dia 25 de janeiro (conversão de São Paulo), 22 de
fevereiro (cátedra de São Pedro) e 18 de novembro (dedicação das basílicas dos
santos Pedro e Paulo).

 Por muito tempo se pensou que 29 de junho fosse o dia em
que, no ano de 67, São Pedro na colina Vaticana e São Paulo na localidade agora
denominada Três Fontes testemunharam sua fidelidade a Cristo com o derramamento
do sangue. Na realidade, embora o fato do martírio seja um dado histórico
incontestável, e está além disso provado que isto aconteceu em Roma durante a
perseguição de Nero, é incerto não só o dia, mas até o ano da morte dos dois
apóstolos.

Parece também que a
festa do dia 29 de junho tenha sido a cristianização de celebração pagã que
exaltava as figuras de Rômulo e Remo, os dois mitos fundadores da Cidade
Eterna.

São Pedro e São Paulo,
de fato, embora não tenham sido os primeiros a trazer a fé a Roma, foram
realmente os fundadores da Roma cristã: um antigo hino Iitúrgico definia-os
como pais de Roma; um dos hinos do novo breviário fala de Roma que foi “fundada
em tal sangue”. A palavra e o sangue são a semente com que os santos Pedro e
Paulo, unidos com Cristo, geraram e geram a Roma cristã e a Igreja inteira.

São conhecidos por
sua fé e pregação, assim como grande ardor e zelo missionário que sempre
tiveram.

O primeiro nome de
São Pedro era Simão. Ele nasceu em Betsaida e era irmão do apóstolo André.
Pescador, o santo foi chamado pelo próprio Jesus e abriu mão de tudo para
seguir ao Mestre. São Pedro esteve nos momentos mais importantes da vida de
Nosso Senhor, e foi o próprio Cristo quem lhe deu o nome de Pedro.

No
início, Pedro foi um homem fraco na fé. O apóstolo chegou a negar Jesus Cristo
durante o processo que acabou culminando em Sua morte na cruz. Mas o próprio
Senhor o confirmou na fé, após ressuscitar – momento em que Pedro foi
testemunha. Isso fez do santo um intrépido pregador do Evangelho através da
descida do Espírito Santo de Deus, o que ocorreu no Dia de Pentecostes. Foi
assim que São Pedro se tornou o líder da primeira comunidade.

São
Pedro pregou no Dia de Pentecostes e com seu próprio sangue ele selou seu
apostolado, sendo martirizado em uma das tantas perseguições aos cristãos. Ele
foi morto crucificado, mas de cabeça para baixo. Pedro pediu isso, pois não se
achava digno de morrer tal como Jesus Cristo.

O
santo foi responsável pela escrita de duas Epístolas e é possível que tenha
sido fonte de informação para que São Marcos pudesse escrever seu Evangelho.


São Paulo, antes de sua conversão, se chamava Saulo ou Saul. Ele nasceu em
Tarso e teve uma educação esmerada aos pés de Gamaliel, que era um dos grandes
mestres da Lei durante aquela época.

O
santo se tornou um zeloso fariseu, chegando a perseguir e até mesmo aprisionar
os cristãos e ser responsável pela morte de diversos deles. Ele se converteu à
fé cristã quando estava a caminho de Damasco e viu o próprio Senhor
Ressuscitado, que o chamou para o apostolado. Ele então recebeu o sacramento do
batismo do Espírito Santo e se preparou para o ministério.

São
Paulo foi um notável missionário e doutrinador e chegou a fundar muitas
comunidades. De perseguidor de cristãos, passou a ser o perseguido, até que
morreu por decapitação, sendo considerado um mártir católico.


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