Desemprego é maior entre nordestinos, mulheres e negros, segundo IBGE

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de novembro de 2018 às 11:38
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:10
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Mulheres têm uma taxa de desemprego de 13,8%, contra 10,5% dos homens que estão sem trabalho

A taxa de desocupação no Brasil caiu para 11,9% no
terceiro trimestre de 2018, mas chega a 14,4% na Região Nordeste, a 13,8% para
a população parda e a 14,6% para a preta – grupos raciais definidos na pesquisa
conforme a declaração dos entrevistados.

Quando analisado o gênero, as mulheres, com 13,6%,
têm uma taxa de desemprego maior que a dos homens, de 10,5%.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa consta na Pesquisa Nacional Por
Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (Pnad Contínua Tri). É considerada
desocupada a pessoa com mais de 14 anos que procurou emprego e não encontrou.

Quatro estados do Nordeste estão entre os cinco com
maior desemprego: Sergipe (17,5%), Alagoas (17,1%), Pernambuco (16,7%) e Bahia
(16,2%). Apesar disso, a maior desocupação verificada no terceiro trimestre de
2018 foi no Amapá, onde o percentual chegou a 18,3%.

A Região Sul tem a menor taxa de desocupação do
país, com 7,9%, e Santa Catarina é o estado com o menor percentual, de 6,2%. No
trimestre anterior, a Região Sul tinha taxa de desocupação de 8,2% e o
Nordeste, 14,8%.

Do contingente de 12,5 milhões de pessoas que
procuraram emprego e não encontraram, 52,2% eram pardos, 34,7% eram brancos e
12% eram pretos. Tais percentuais diferem da participação de cada um desses
grupos na força de trabalho total: pardos (47,9%), brancos (42,5%) e pretos
(8,4%).

O IBGE informou ainda que, no terceiro trimestre de
2018, o número de desalentados somou 4,78 milhões de pessoas. O contingente
ainda está próximo dos 4,83 milhões contabilizados no segundo trimestre, o
maior percentual da série histórica. O IBGE considera desalentado quem está
desempregado e desistiu de procurar emprego.

O percentual de pessoas desalentadas chegou a 4,3%
e tem sua maior taxa no Maranhão e em Alagoas onde chega a 16,6% e 16%. O
Maranhão também tem o menor percentual de trabalhadores com carteira assinada
(51,1%).

No terceiro trimestre deste ano, 74,1% dos
empregados do setor privado tinham carteira assinada, percentual que ficou
estável em relação ao trimestre anterior.

Além de ter a menor taxa de desemprego do país, de
6,2%, Santa Catarina também tem o menor percentual de desalentados, de 0,8%, e
o maior percentual de trabalhadores com carteira assinada, de 88,4%.

A taxa de subutilização da força de trabalho no
Brasil foi de 24,2%, o que representa 27,3 milhões. Esse número soma quem
procurou emprego e não encontrou, quem não procurou, quem procurou e não estava
mais disponível para trabalhar e quem trabalha menos de 40 horas por semana e
que gostaria de trabalhar mais.

A população ocupada somou 92,6 milhões de pessoas.
Esse total tem 67,5% de empregados, 4,8% de empregadores, 25,4% de pessoas que
trabalharam por conta própria e 2,4% de trabalhadores familiares auxiliares.


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