Depressão: várias faces para o mesmo problema tido como mal do século

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de maio de 2018 às 13:33
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:45
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Segundo a OMS, até 2020, a depressão será a segunda causa de morte no mundo

Muito se fala em depressão na sociedade atual,
porém, muitas vezes, de forma errônea. Estima-se que cerca de 16% da população
mundial já sofreu de depressão ao menos uma vez na vida. Os estudos sobre a
doença se iniciaram em 1920 e, já na época, foi reportado que as mulheres possuem
o dobro de chances do que os homens de se tornarem depressivas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até
2020, a depressão será a segunda causa de morte mundial por doença, ficando
apenas atrás das doenças cardíacas.

A depressão pode ser
classificada de acordo com a sua causa e duração, assim como os sintomas que o
paciente apresenta.

Os indivíduos com
depressão geralmente apresentam sintomas como tristeza constante, sentimento de
culpa, perda de energia, ansiedade, irritabilidade, insônia, falta de apetite e
tentativas de suicídio. Estes sintomas duram longos períodos de tempo.

Assim, existem 9 tipos de depressão mais
comuns, que incluem:

1-Depressão pós-parto: surge após o
parto e gera sintomas como tristeza, irritabilidade ou rejeição ao próprio
bebê;

2-Depressão major: apresenta cinco
sintomas característicos da depressão durante mais de duas semanas, que
comprometem as atividades diárias do indivíduo;

3-Depressão bipolar: caracteriza-se por mudanças constantes no humor dos
indivíduos, variando entre depressão profunda e alegria excessiva;

4-Depressão reativa: caracteriza-se por mudanças constantes no humor dos
indivíduos, variando entre depressão profunda e alegria excessiva;

5-Distimia: presença
de vários sintomas típicos de depressão durante mais de 2 anos, sendo o
principal a tristeza constante;

6-Depressão atípica: apresenta sintomas contrários aos da depressão normal,
tendo os pacientes maior necessidade de dormir, comer ou ter contato íntimo;

7-Distúrbio afetivo sazonal: episódios de depressão anuais, principalmente quando há
mudanças de estações, devido à falta de sol, e tem como sintomas fadiga,
tendência a comer muito doce e sonolência;

8-Síndrome pré-menstrual: presença de pelo menos 5 dos sintomas comuns da depressão
durante o ciclo menstrual, piorando na semana anterior à menstruação;

9-Depressão psicótica: além dos sintomas de depressão, podem aparecer delírios e
alucinações.

O que fazer diante da suspeita de
depressão

Na
presença de algum dos sintomas característicos da depressão, deve-se
consultar o médico psiquiatra que indicará o melhor tratamento. A depressão é
um transtorno psicológico que requer tratamento, optar por não tratar e achar
que a depressão irá se curar sozinha é um erro comum, que pode agravar os
sintomas e comprometer seriamente a qualidade de vida da pessoa.

O
tratamento para sair da depressão varia de acordo com o tipo de depressão que
se apresenta, mas pode ser feito com o uso de remédios antidepressivos,
ansiolíticos, psicóticos e psicoterapia. O médico mais indicado em caso de
depressão é o psiquiatra que irá indicar as opções de tratamento, dependendo da
idade e do estado geral de saúde que a pessoa apresenta, já que os medicamentos
possuem interações que devem ser respeitadas.

Em caso de depressão
comprovada pelo médico, o tempo mínimo de tratamento é de 6 meses, sendo que o
contexto familiar é um dos fatores importantes para o sucesso do tratamento. A
causa que levou o desenvolvimento da depressão deve ser descoberta e
solucionada, mas certas pessoas, podem necessitar de apoio psicoterápico para
encontrar as soluções que precisa para seguir em frente e conseguir sair da
depressão.


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