Decreto de Gilson gera insegurança e mutuários podem ocupar Copacabana

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 13 de janeiro de 2018 às 21:56
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:31
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Vereador prometeu solução, mas não conseguiu resolver situação dos sorteados do conjunto

O decreto do prefeito Gilson de Souza (DEM) que blindou andarilhos e moradores de rua em geral, nesta semana, causou grande insegurança em toda a cidade.

Uma das consequências desta insegurança atingiu os moradores do Copacabana, conjunto habitacional da zona oeste​, cuja entrega dos apartamentos aos mutuários já completou três anos de atraso.

Boatos se espalharam pela cidade de que poderia haver invasão dos apartamentos por pessoas não contempladas e os mutuários decidiram se antecipar e ocupar as unidades habitacionais na noite deste sábado.

As primeiras informações é que alguns moradores foram para a área externa dos apartamentos, mas a polícia foi chamada e impediu qualquer acesso à área interna dos prédios.

Tal situação é consequência não só da insegurança gerada pelo decreto de Gilson, mas também de diversas promessas não cumpridas de políticos locais. Um deles é o vereador Corrêa Neves Júnior (PSD), ícone da bancada governista, líder informal e conselheiro de Gilson de Souza.

Há quase seis meses, Corrêa Neves Júnior afirmou que os apartamentos deveriam sair até o fim do ano passado, o que não aconteceu. Escreveu ele, em seu Facebook que estava alinhado com o prefeito tentando liberar os apartamentos junto à Caixa Econômica Federal e à empreiteira responsável pelas obras. O prazo já terminou sem uma solução.

“Estivemos na manhã de hoje na superintendência da Caixa Federal junto do prefeito Gilson de Souza e da Elaine Rocha, uma das sorteadas do Copacabana. O objetivo foi acelerar o processo de entrega dos apartamentos e garantir que até setembro os contratos comecem a ser assinados. As notícias são boas. O superintendente da Caixa, Demerval Jr, os representantes da Construtora, Julio e Gilson, e o prefeito de Franca se comprometeram a não poupar esforços para adiantar toda a papelada, terminar o asfaltamento das vias internas e, mais importante, não deixar acontecer nenhum dia de atraso. Vamos acompanhar e trabalhar muito pra garantir que todas as 406 famílias do Copacabana passem o Natal deste ano na casa nova”. Ficou só na promessa.

A verdade, porém, é que ninguém mais aposta em uma data e a descrença é geral. Mas a fala do vereador traz pelo menos um dado importante. São 406 famílias já contempladas à espera de um poder público inerte, que quer os seus votos, que faz promessas sem fundamento e vende ilusões. Moradia é um assunto sério que deveria ser tratado na cidade por pessoas sérias e que, de fato, possam resolver os problemas do setor. 


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