De promessa em promessa, Engler tenta mostrar que ainda pode ser deputado

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 4 de outubro de 2018 às 08:14
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:03
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Velhas promessas como concessão de bolsas ao ensino nas ETECs e FATECs são “renovadas” a cada eleição

O deputado Estadual Roberto Engler, pela primeira vez candidato à reeleição por um partido que não é o PSDB, pelo qual cumpriu mandatos ao longo das quase três últimas décadas, sempre bafejado pela sorte de ter os governadores do mesmo partido ou alinhamento político, tem corrido atrás dos votos que certamente perderá por ter migrado do ninho tucano para o “pequeno” PSB. 

Nos meses e semanas que antecedem a eleição deste domingo (7), onde pela primeira vez tenta convencer seus eleitores sem a força peessedebista, o veterano deputado tem percorrido cidades e usado todos os argumentos possíveis para garantir pelo menos metade da votação que teve em 2014, que ultrapassou aos 120 mil votos. 

Se a mudança do PSB foi ou pode ser benéfica a Engler, ela se prende ao fato de que no PSB, onde há menos candidatos de alta densidade eleitoral, ele conseguiria a reeleição com ao menos 60 mil votos, segundo avaliação da cúpula de seu próprio partido. 

Mas o que tem chamado a atenção dos eleitores e causado críticas ao deputado é o “vazio” de suas “novas” propostas. 

Elas se repetem a cada eleição e não se tornam realidade, o que já elevou a paciência dos eleitores que nelas acreditam, tamanho é o seu vazio, o seu grau de repetição. 

Um dos exemplos é a proposta renovada da campanha anterior com a promessa de duplicação do fornecimento de bolsas de estudo nas ETECs e FATECs – Escolas Técnicas e Faculdades de Tecnologia, da Fundação Paula Souza, do Governo do Estado. 

São promessas que Engler não pôde cumprir durante sua ligação com o ex-governador Geraldo Alckmin e nem com o substituto do tucano, o pessebista Márcio França, que seduziu o francano para pular de galho, porém sem tempo para cumprir nenhuma das promessas feitas, dado o curto período de gestão antes que o mandato acabe, em 31 de dezembro. 

Portanto, o eleitor que votar em Engler acreditando nesta e em outras promessas que ele fez sem cumprir, terá que fazer duas apostas: que ele será reeleito mais uma vez, mesmo com o desgaste natural e a perda de musculatura eleitoral e que Márcio França  ultrapassará João Dória e Paulo Skaff na corrida para o Governo do Estado e que, daqui a alguns anos, cumpra as promessas feitas pelo francano aos seus eleitores, que já se mostram cansados de tanto blá, blá, blá… 


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