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Pessoas com mais de 50 anos precisam de atividades que exijam atenção e concentração
Atividades físicas e exercícios para
a mente são importantes para preservar atividades cognitivas, habilidades
motoras e a memória dos idosos.
Por isso, a Universidade de São Paulo
(USP), em Ribeirão Preto iniciou um curso de piano e canto para pessoas com
mais de 50 anos, desenvolvido em parceria entre as Faculdades de Medicina
(FMRP) e de Filosofia, Ciências e Letras (FFCLRP), com apoio da prefeitura e do
coral do campus.
No Brasil, a população idosa cresceu
18,8% entre 2012 e 2017. E as previsões são de que, em 2060, 25% dos
brasileiros sejam da terceira idade. Carla da Silva Santana Castro, professora
de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da
USP, fala que isso é possível porque as pessoas foram beneficiadas pelo avanço
na área da saúde, educação e tecnologia.
Segundo a professora, para preservar
as condições motoras e estimular o cérebro, é necessário que as pessoas se
mantenham engajadas em atividades físicas e exercícios que exijam atenção,
concentração e tomada de decisão, como é o caso da música. “Aprender música na
velhice também aumentar a autoestima destas pessoas”, diz a docente.
Ela afirma que milhares de cidadãos
brasileiros estão experimentando uma longevidade que os desafia a se manterem
ativos. “Assim, estão empregando o tempo útil na concretização dos projetos de
vida que não puderam ser desenvolvidos durante a juventude e vida adulta, como,
por exemplo, habilidades musicais”, completa.
Centro de excelência
A população, de fato, está vivendo
mais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, até 2050, o número de
pessoas com mais de 60 anos pode chegar a 2 bilhões, representando um quinto da
população mundial.
Antenada a essa tendência social, a
USP Ribeirão Preto tem se aprimorado em estudos referentes ao tema. A
instituição oferece milhares de vagas anuais para cursos gratuitos à população
e estende suas pesquisas sobre a melhor idade para dentro dos laboratórios.