Cresce em 9,25% o número de mortes de ciclistas no trânsito no estado de SP

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  • Publicado em 23 de agosto de 2019 às 22:52
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:45
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Além disso, não há dados de quantas pessoas ficaram com sequelas irreparáveis que incluem traumas

O número de acidentes com ciclistas subiu 9,25% no estado de São Paulo em 2018, em comparação com 2017, segundo dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga) do governo do estado.

Em 2018, foram registrados 393 acidentes com ciclistas, contra 355 registrados no ano anterior. “Infelizmente
não há dados sobre quantas dessas pessoas ficaram com sequelas irreparáveis,
que muito provavelmente incluem traumas na cabeça, na coluna, nas pernas e nos
braços com sérios reflexos em suas vidas, como afastamento do trabalho, perda
da capacidade de realizar tarefas cotidianas simples e até mesmo pedalar”,
alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia,
Moisés Cohen. “Por acreditar que todos podem conviver no trânsito –
ciclistas, motoristas e pedestres –, a SBOT está fazendo campanhas online e
presenciais durante todo o mês de agosto para conscientizar e incentivar a
população a pensar e agir com cidadania e segurança. Em comum, todas as peças
publicitárias exploraram o lado positivo de pedalar e têm como pano de fundo o
atual avanço do uso da bicicleta em todo o país, que tem acontecido por
diversos motivos, entre eles baixo custo, rapidez, praticidade, saúde e
preocupação ambiental”, completa o presidente da Comissão de Campanhas da
SBOT, Sandro Reginaldo.

Direitos e
deveres de ciclistas:

. acessórios
exigidos por lei: buzina, espelho e adesivos refletores na frente, atrás, nas
laterais e nos pedais da bicicleta.

. acessórios
altamente recomendados, mas não obrigatórios: cotoveleira, joelheira e
capacete.

. pedalar na
calçada: só é permitido se houver sinalização autorizando o tráfego, caso
contrário é preciso descer da bike e empurrá-la pela calçada.

. circulação
na rua: o ciclista deve transitar perto das bordas da pista, sempre na mão dos
carros, e nunca guiar de modo agressivo, por exemplo, no corredor dos carros ou
costurando entre eles.

. respeitar
o semáforo: o ciclista não se deve passar no sinal vermelho.

. pedalar
alcoolizado: pode resultar em multa e até prisão.

O número de usuários de bicicletas vem crescendo no estado, em especial na capital. E o número de mortes, também: foram 16 ciclistas mortos atropelados de janeiro e setembro do ano passado.

Os dados do Infosiga mostram ainda crescimento no número de colisões envolvendo automóveis, que passaram de 1.329 em 2017 para 1.348 em 2018 (crescimento de 1,4%).

Houve também aumento de 0,3% no número de acidentes envolvendo motos (passando de 1.830 colisões em 2017 para 1.889 em 2018).

Uma notícia boa é a queda de acidentes envolvendo pedestres, que diminuiu 9,3% em 2018 (chegando a 1.461 registros no estado, contra 1.611 em 2017).

O relatório mostra ainda que 75,2% das vítimas dos acidentes que ocorreram no estado no ano passado foram homens, sendo 26% deles jovens, com idades entre 18 e 29 anos.

A grande maioria das colisões ocorreu durante a noite e madrugada (51,9%), sendo que mais de um terço delas foi registrada no sábado e no domingo (39,1%).


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