Consumo excessivo esconde problemas emocionais, segundo psicóloga

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  • Publicado em 17 de agosto de 2017 às 18:26
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:18
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Psicóloga Lizandra Arita sugere algumas auto perguntas às pessoas com mania de comprar

Nunca tivemos uma época tão consumista. Com a
crescente oferta e variedade de produtos e serviços, as pessoas estão se
tornando cada vez mais vulneráveis ao desejo de comprar aquilo que não
precisam. Marketings de diferentes marcas fazem com que grande parte da
sociedade se prenda ao pensamento de “quanto mais eu compro, mais feliz eu
fico”.

Segundo a psicóloga Lizandra Arita, a
questão principal na hora de comprar um produto não está relacionada ao preço,
mas sim, às verdadeiras razões para o consumo desenfreado. De acordo com a
terapeuta, é preciso formular algumas perguntas a si mesmo antes de comprar
produtos sem necessidade, “eu preciso? eu vou usar? eu realmente gosto? eu
posso gastar com isso? Estas são as principais questões que a pessoa precisa se
auto perguntar. Conforme as respostas forem surgindo, é possível avaliar se o
produto é realmente necessário ou não”, sugeriu a psicóloga.

De acordo com Lizandra, grande parte das compras
desnecessárias é fruto de insatisfações emocionais. Questões como família,
amigos, profissão, vida amorosa e até mesmo financeira, criam um mundo
fictício, trazendo sensações imediatas para preencher um vazio. “Podemos usar
como exemplo o sentimento de culpa de alguns pais que trabalham muito e não têm
tempo para os filhos. Para compensar eles compram tudo o que veem pela frente.
Ou até mesmo aquela pessoa que é excluída de um grupo de amigos e tenta
comprá-los com presentes para receber mais atenção”, comentou.

Na opinião da psicóloga, a partir do momento em
que o indivíduo se apega demais aos bens materiais, já não se trata mais de um
hábito saudável e isso pode resultar em problemas de saúde como ansiedade e
estresse.