Consumidores paulistanos com dívida perdem reserva financeira em outubro

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 23 de outubro de 2018 às 22:17
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:06
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Número de endividados com segurança de crédito para financiar compras cai 17,1% em outubro

Dados apurados pela Federação
do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP)
revelam que o número de consumidores endividados com segurança de crédito para
financiar compras cai 17,1% em outubro.

O indicador reflete a
parcela dos paulistanos que, na hora de fazer uma compra, apesar de terem
dívidas, possuem uma reserva financeira para agir diante um imprevisto no
orçamento familiar.

De acordo com a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (Prie), mesmo com
o aumento da insegurança de quem quiser comprar um produto, o Índice de
Intenção de Financiamento apontou estabilidade no mês de outubro,
com 21,2% dos paulistanos declarando pretender consumir com base no pagamento
parcelado ou financiamento. O indicador se manteve com 43,8 pontos no mês atual.

Do ponto de vista dos paulistanos endividados, 29% declararam ter uma reserva
financeira para ter condições de pagar, pelo menos, parte das dívidas de
financiamento em caso de imprevistos. Entretanto, o estudo apontou que o índice
de segurança de crédito dos endividados sofreu forte queda nesse mês, com
decréscimo de 17,1%, passando de 70,1 pontos em setembro – o maior patamar desde abril 2015
– para 58,2 pontos em outubro.

Considerando que a segurança de crédito dos não endividados subiu 10,3%, o índice
geral de outubro
fechou com queda 2,5%, de 79,2 pontos no último mês para 77,2 pontos em outubro.

De acordo com a FecomercioSP, a intenção de financiamento está diretamente
ligada à expectativa profissional e essa variável pode melhorar com a eleição
de um novo governo que coloque de forma clara quais são as suas propostas sobre
a política econômica. Com previsibilidade e equilíbrio macroeconômico, haverá
maior propensão do consumidor voltar a gastar, e do empresário, de investir.

Ainda segundo a entidade, o candidato que conseguir transmitir a ideia de um
Estado que promova ajustes fiscais, reduza seu grau de interferência e estimule
o ambiente de negócios sempre terá a preferência de
analistas e operadores.
Os dados que compõem a pesquisa são coletados em 2,2 mil entrevistas mensais
realizadas na cidade de São Paulo.


+ Economia