Confiança na indústria atinge em março maior nível desde agosto de 2013

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 28 de março de 2018 às 00:03
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:38
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Setor industrial retorna a uma situação de normalidade em relação às avaliações sobre a situação atual

O Índice de
Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas avançou 1,3 ponto em
março e chegou a 101,7 pontos. É o maior patamar desde agosto de 2013, quando o
índice ficou em 110,5 pontos.

No primeiro
trimestre, a média do ICI chegou a 100,5 pontos, 2,9 pontos acima do registrado
nos três meses anteriores. O aumento da confiança industrial alcançou nove dos
19 segmentos observados. Os dados foram divulgados na última terça-feira, 27 de
março, na capital paulista pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV
(Ibre-FGV).

Entre os componentes do ICI, o Índice de Expectativas (IE) subiu
1,4, passando para 102, 8 pontos – o maior nível desde junho de 2013. O Índice
da Situação Atual (ISA) aumentou 1,2 ponto e atingiu 100,6 pontos, tendo como
maior influência para o resultado a melhora no nível de demanda. O indicador
subiu 3,9 pontos, totalizando 100,2 pontos.

O estudo mostra ainda que o indicador de expectativas com a
evolução do pessoal ocupado nos próximos três meses subiu 4,1 pontos,
alcançando 103,5. Segundo os dados, houve crescimento, de 20,6% para 22,6%, no
número de empresas que acreditam em possível aumento do quadro de
funcionários e diminuição daquelas que esperam redução, de 12% para 9,5%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) subiu 0,5%
ponto percentual de fevereiro para março e chegou a 76,1%. Na média do primeiro
trimestre, houve avanço de 0,9 ponto percentual em relação ao quarto trimestre
do ano passado (75,5%).

Segundo a coordenadora da Sondagem da Indústria do Ibre-FGV,
Tabi Thuler Santos, após quase cinco anos com prevalência de respostas
desfavoráveis e pessimistas, o setor industrial retorna a uma situação de
normalidade em relação às avaliações sobre a situação atual e ao futuro. “Outro
ponto de destaque da pesquisa é a continuidade do processo de recuperação da
demanda do mercado interno e do Nuci, que perderam muito nos últimos anos e
demoraram para dar sinais de recuperação”, disse.


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