Comprovado: Estilo de vida determina forma como uma pessoa vai atingir a velhice

  • Entre linhas
  • Publicado em 10 de agosto de 2018 às 16:19
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:55
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Envelhecer é um processo inevitável cujos sinais começam a partir dos 30 anos de idade

A população com mais de 60 anos aumenta no mundo. Envelhecer é um processo inevitável cujos sinais começam a partir dos 30 anos. É através do estilo de vida que uma pessoa determina a forma como vai atingir esta etapa. Isto porque a vida moderna esconde várias situações que podem prejudicar o processo de envelhecimento saudável. “Quando falamos em ‘envelhecimento natural’ nos referimos ao processo de senescência, que exclui a presença de doenças”, explica Elaine de Oliveira Silveira a educadora física especialista em Fisiologia do Exercício.

Mesmo o envelhecimento natural já apresenta uma série de mudanças no organismo humano. “Talvez, uma das principais seja a redução da massa, da força e da função muscular”, conta. Segundo Elaine, a partir dos 30 e 40 anos há a perda anual de cerca de 1% da massa esquelética e uma perda ainda maior de força muscular, o que afeta a funcionalidade e a qualidade de vida do idoso. “A redução, em especial, da força e função muscular é relacionada à maior ocorrência de quedas, redução da atividade física espontânea, surgimento de dependências e diminuição da qualidade de vida”, afirma.

Mas nunca é tarde para adotar um estilo de vida mais ativo e assim, envelhecer com qualidade de vida. “Adotar um estilo saudável nos ajuda a ter uma vida mais longa e melhor. Alguns aliados da longevidade são a prática regular de atividade física e a alimentação equilibrada, assim como manter distância de comportamentos prejudiciais como tabagismo e alcoolismo”, observa Elaine.

O envelhecimento

Ela diz que muitos adultos acima dos 65 anos permanecem sentados ou deitados em média 10 horas por dia, o que os torna o grupo etário mais sedentário e por isso pagam um alto preço, possuindo a maior taxa de queda, obesidade e doenças cardíacas. “Por isso, se exercitar garante mobilidade na velhice e aumenta as chances do idoso permanecer ativo e independente. Valem até mesmo exercícios físicos leves como as simples caminhadas diárias”, destaca.

É ainda mais importante que o indivíduo permaneça ativo conforme envelhece, pois o corpo tende a declinar em suas funções. “A atividade física ajuda a retardar essa degeneração, inclusive nos permitindo falar até em progressão, ou seja, com o passar dos meses o condicionamento melhora. É a aposta certa para que sejamos idosos com energia e independentes”, reforça. E ainda, há comprovadas evidências que as pessoas ativas possuem menos risco de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral, diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer, depressão e inclusive demência. Já do ponto de vista ortopédico, ela melhora a mobilidade articular, o alongamento e a flexibilidade, isso sem falar na resistência física e muscular.

O que acontece com o avanço da idade? Segundo a educadora física, há diminuição da força – aos 65 anos ocorre uma perda de 25% na força muscular; redução do volume de oxigênio máximo; diminuição da flexibilidade e da agilidade; perda de equilíbrio; aumento da pré-disposição a doenças cardíacas; aumento da inatividade física e aumento da gordura corporal.