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Pesquisadores brasileiros propõem uma nova forma de fabricação da vacina contra o Sars-CoV-2
Com mais de 244 mil casos de infecção e mais de 10 mil mortes em todo o mundo, pesquisadores de todas as nacionalidades tentam entender como a Covid-19 se tornou uma pandemia e qual é a melhor forma de freá-la.
Assim como a China, os Estados Unidos e a Alemanha, o Brasil figura entre os países que já estão desenvolvendo uma vacina contra a nova doença.
virus like particles
“Essas partículas têm uma ‘casca’ viral, mas não possuem o ácido nucleico do vírus em seu interior, impedindo-as de se multiplicar”, explica Jorge Kalil, diretor do Laboratório de Imunologia do Incor à revista Galileu.
Ao construir essa casca, adiciona-se sobre ela as proteínas de espículas, ou proteínas spike, responsáveis por conferir ao vírus pequenas “coroas” em sua superfície — daí porque esse grupo de vírus leva o termo “corona” no nome.
São elas também que fazem com que o vírus consiga aderir às células do organismo infectado.
Para que as VLPs sejam reconhecidas pelas células de defesa do nosso corpo, elas serão recheadas com antígenos, substâncias que provocam a produção de anticorpos pelo sistema imune.
“Neste momento, em que estamos lidando com um vírus pouco conhecido, por questões de segurança é preciso evitar inserir material genético no corpo humano para que não ocorram eventos adversos, como multiplicação viral e possivelmente reversão genética da virulência”, explica Gustavo Cabral de Miranda, pesquisador do Incor responsável pelo projeto