Brasil registra em média, 17 mortes por afogamento por dia, sendo 2% em piscinas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 28 de novembro de 2017 às 11:20
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:27
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Para evitar situação, cuidados são fundamentais para garantir o uso da piscina com segurança

​O verão se aproxima e, com ele, o calor, as férias escolares e toda a diversão, que para grande parte das crianças é sinônimo de brincadeiras na piscina, o local perfeito para reunir família e amigos e aproveitar os dias ensolarados. Na busca por ter esses momentos tão especiais, no entanto, muitas pessoas acabam se esquecendo de tomar alguns cuidados fundamentais para garantir que a utilização da piscina seja segura para todos, das crianças aos idosos.

Além do tratamento químico e físico para garantir a qualidade da água e a estética do espaço, é muito importante que algumas medidas sejam tomadas a fim de prevenir acidentes. 

O principal risco quando se fala em acidentes em piscinas é o afogamento. Ocorrem, em média, 17 mortes por afogamento no Brasil por dia, sendo que 2% dos casos acontecem em piscinas. O afogamento pode ocorrer pelo fato de o indivíduo não saber nadar, por quedas, brincadeiras perigosas ou sucção.

As crianças são as principais vítimas deste tipo de acidente. Qualquer descuido pode ser fatal, por isso, os cuidados devem ser redobrados com os pequenos, mas adultos e idosos também não estão livres do risco.

A segurança é um tema tão importante, que chegou ao Senado em forma de proposta para regulamentar o funcionamento de piscinas. 

Existem alguns cuidados básicos que devem ser adotados para evitar maiores riscos ao se utilizar piscinas, principalmente com crianças:

Evite as quedas

Espalhar objetos ao redor da piscina, por exemplo, pode causar acidentes e quedas. Outro erro bastante cometido é não se atentar ao piso utilizado no espaço. Escolher um material escorregadio compromete a segurança de quem usa o local e também pode causar quedas.

Deixar brinquedos dentro da piscina, por sua vez, é um verdadeiro convite para crianças e pets. Eles podem tentar alcançá-los, acabar caindo dentro da piscina e se afogar.

Risco de sucção

Outro tipo de incidente que ocorre com frequência nas piscinas está relacionado à sucção. Nesse caso, o cabelo, as roupas e partes do corpo podem ser sugadas pelo ralo e outros equipamentos, impedindo que o banhista retorne à superfície e causando o seu afogamento.

Diante da necessidade de prevenir acidentes, uma proposta que regulamenta o funcionamento de piscinas foi aprovada na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor. Ela torna obrigatória a instalação de um dispositivo que aumente a segurança na piscina, evitando a sucção de membros do corpo e o enlace de cabelos. A regulamentação estabelece ainda responsabilidades também para os usuários, como o respeito à sinalização de advertência e às normas de utilização da piscina, tudo para contribuir com a prevenção de acidentes.

Cuidado com os choques elétricos

Com o desejo de tornar a piscina cada vez mais moderna e seguir as principais tendências de decoração e paisagismo, são feitos investimentos em sistemas de iluminação. No entanto, se a instalação não for realizada por profissionais especializados ou não contar com materiais de qualidade seguindo a norma NBR 5410, os usuários passam a correr riscos de receber choques elétricos, comprometendo a segurança e o bem-estar.

Tempestade não combina com piscina

No Brasil, cerca de 50 milhões de raios caem anualmente, especialmente na primavera e no verão. A localização do país e as altas temperaturas fazem com que os raios e as tempestades sejam outro grande motivo de acidentes em piscinas. A segurança é comprometida quando alguém coloca a sua vida em risco e decide utiliza-la durante as tempestades. Mesmo que a pessoa esteja apenas próxima do local da descarga, a força do choque é tão grande que ela pode sofrer o impacto. Em distâncias maiores ou menores, os riscos são graves: sofrer queimaduras, asfixia e até paradas cardíacas.

É essencial que, durante as tempestades, ninguém entre na piscina. Os elementos químicos presentes na água são condutores elétricos, e podem colocar a vida do banhista em risco. Além disso, dentro da água, o corpo atua como um para-raios, atraindo as descargas elétricas.

Com cuidado e segurança, a diversão fica garantida!


+ Segurança