Com vários nutrientes além do ferro, feijão contribui na prevenção de doenças

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  • Publicado em 27 de julho de 2018 às 15:30
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:53
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Pouca quantidade de calorias aliada à sensação de saciedade é outro fator que conta a favor do feijão

Comer feijão
diariamente é uma característica típica do brasileiro. E o melhor de tudo é que
essa mania é super saudável, não importa o tipo: branco, carioca, preto,
fradinho.

Rico em fibras, o
feijão produz saciedade e auxilia no trânsito intestinal, detalhe muito
importante para quem quer perder peso. “As fibras e proteínas do feijão são
componentes que retardam o esvaziamento gástrico, proporcionando maior
saciedade. Isso faz com que a fome demore mais para aparecer, gerando menor
consumo alimentar”, conta a nutricionista Marisa Rocha da Silva.

Mas o feijão vai
muito além do emagrecimento. Uma concha do alimento traz nutrientes que atuam
na regulação da pressão arterial e também na construção e reparação muscular,
além de prevenir anemia. Outra vantagem é a presença de antioxidantes, que
previnem doenças degenerativas e até mesmo alguns tipos de câncer. “O eterno
companheiro do arroz na mesa do brasileiro é uma das principais fontes de proteína
da população. Aliás, essa união provê todos os aminoácidos necessários aos
gastos diários”, observa Marisa, acrescentando que em termos nutricionais, o
pacote fornecido pelo arroz com feijão equivale
ao disponível na carne vermelha. “Conta a favor do feijão a biodisponibilidade de
seus aminoácidos, entenda-se, a facilidade de aproveitamento pelo corpo. O
feijão ainda possui carboidratos complexos e fibras, que ajudam a equilibrar as
taxas de açúcar no sangue”.

Repleto de
benefícios

Outra virtude é o
baixo teor de gordura e sódio. Graças a esse perfil ele é indicado para
hipertensos e colabora na prevenção e tratamento de distúrbios
cardiovasculares, diabetes, obesidade e câncer. Também contém ferro, mas para
facilitar a absorção do mineral, nada melhor do que a companhia de uma fonte de
vitamina C, como a laranja e o abacaxi. “O ferro melhora o desempenho no aprendizado,
fortalece o sistema imunológico e promove mais rendimento na atividade física”,
completa.

Segundo a
nutricionista, o feijão está entre os alimentos mais antigos da história e
representa um dos símbolos da culinária brasileira. “O feijão é fonte de
vitaminas B1, B2, B3 e B9, que colaboram para o bom funcionamento do sistema
nervoso e da medula óssea; de proteínas e minerais – potássio, ferro, fósforo,
cálcio, cobre, zinco e magnésio – e lisina, aminoácido que contribui para o
crescimento de crianças, adolescentes, essencial, mas que o corpo não produz”,
explica.

A pouca
quantidade de calorias – apenas 95 em uma concha cheia – aliada à sensação de saciedade
é outro fator que conta a favor do feijão. No estômago, suas fibras formam um
gel e, desta forma, permanecem um tempo maior para que a sensação de fome se manifeste.
Com tantos prós assim, a leguminosa ganhou até recomendação do Guia Alimentar
do Ministério da Saúde, que prevê a ingestão da dupla arroz e feijão todos os
dias, na proporção de uma porção de feijão para três de arroz. É que o consumo
diário desses alimentos também ajuda a prevenir doenças. “A fibra do arroz
e a do feijão reduzem o risco de distúrbios cardiovasculares, diabetes, câncer
de cólon e ainda contribuem para um melhor funcionamento do intestino”,
acrescenta Marisa.