Com lombofaixas, mas sem radares, trânsito em Franca continua matando

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 20 de junho de 2018 às 17:00
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:49
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Somente este ano, foram mais de 30 mortos, sendo 12 vitimados por acidentes com motos

​Apesar do otimismo do Governo de São Paulo, que anuncia redução considerável no número de acidentes em território paulista, em Franca, a situação não é positiva.

Somente este ano, os acidentes de trânsito já deixaram, entre batidas e atropelamentos, mais de 30 pessoas mortas na cidade, sendo 12 somente em acidentes com motocicletas.

Para se ter dimensão do que isso significa, a frota de motocicletas de Franca é de 66 mil veículos, enquanto a de Ribeirão Preto é de 135 mil. 

Na vizinha cidade, houve apenas duas mortes a mais, em acidentes com motocicletas, no mesmo período, de janeiro a junho deste ano.

Uma ação que tem sido implantada em várias cidades é a instalação de radares fixos em ruas e avenidas com maior fluxo e com mais chances de registrar acidentes causados por excesso de velocidade.

No início de seu mandato, Gilson de Souza (DEM) chegou a aventar esta possibilidade, mas depois, provavelmente com receio da repercussão política que isso causaria, reviu seus planos e decidiu apostar nas lombadas e lombofaixas.

Pelo que se vê até aqui, a medida não tem adiantado muito. Os motoristas continuam abusando da velocidade e dos abusos e desrespeito à legislação de trânsito e vidas continuam a ser ceifadas.

Os radares, desde que acompanhados de uma campanha de trânsito, ainda são eficientes controladores de trânsito, uma vez que as infrações que os equipamentos registram não dão margem a muitos recursos. 

Só é multado quem realmente não obedece aos limites de velocidade impostos, em uma forma de fiscalização totalmente impessoal e praticamente sem qualquer margem de erro.

À administração de uma cidade, caberia mais a preservação da vida e a utilização dos meios disponíveis para fiscalizar com rigor os infratores do que as ações voltadas prioritariamente ao aspecto político e às ações associadas à perda ou ganho de votos.


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