CNC estima criação de 10,6 mil empregos temporários na Páscoa

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 20 de março de 2018 às 12:44
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:38
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Expectativa é de que o varejo movimente nesta época, mais de R$ 2,2 bilhões no Brasil

O varejo terá a melhor Páscoa dos
últimos cinco anos, com uma movimentação de R$ 2,2 bilhões e a geração de 10,6
mil empregos temporárias. A expectativa é da Confederação Nacional do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que divulgou nesta terça-feira, 20 de março,
as estimativas em relação à Semana Santa deste ano, comparativamente à do ano
passado, já descontada a inflação do período.

Confirmada a projeção, esse seria o
melhor desempenho das vendas reais do varejo nesta data comemorativa desde os
4,8% de crescimento verificado em 2013. Na mesma data no ano passado, o varejo
registrou o primeiro aumento no volume de vendas, ao crescer 1,1% em relação a
2016, após acumular perda de 5,2% em 2015 e também em 2016.

Segundo os dados divulgados pela CNC,
a melhor Páscoa para o setor ocorreu em 2010, quando as vendas cresceram 9,5%
em relação a 2009, ano em que a economia cresceu 7,5% e o volume total de
vendas do varejo avançou 10,9%.

Emprego

Em relação ao emprego, em particular,
o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes, ressalta o fato de que, tão
importante quanto o número maior de contratações, será a taxa de efetivação em
2018. “Do total de vagas temporárias oferecidas pelas atividades envolvidas com
a Páscoa, 7,7% deverão se tornar postos de trabalho efetivo”, disse Fabio
Bentes, acrescentando que é o maior percentual em três anos. “Além de impactos
positivos decorrentes da reforma trabalhista, contribui decisivamente para uma
maior absorção de trabalhadores temporários o momento mais favorável do varejo
brasileiro de alimentos, que vive seu melhor momento em mais de três anos”.

Os 10 mil postos de trabalho
temporários gerados pelo aumento das vendas é um número ligeiramente superior aos
10,5 mil postos gerados na Páscoa passada. Os maiores demandantes de trabalho
temporário deverão ser os hiper, super e minimercados, respondendo por
aproximadamente 62% do total de postos oferecidos.

O salário médio de admissão no varejo
deverá ser de aproximadamente R$ 1.220, o que representará um avanço de 4,5% em
relação àquele percebido na Páscoa de 2017. “Os estabelecimentos do varejo
alimentício, tais como hiper, super e minimercados, além das lojas
especializadas em produtos associados à Páscoa, deverão faturar cerca de R$ 2,2
bilhões com as vendas voltadas para a Semana Santa deste ano”, estima a
entidade.

A avaliação da CNC é de que “a queda
de 8% nos preços dos chocolates, de 3,8% no do azeite de oliva, apesar do
crescimento de 0,2% no preço dos pescados (conforme dados do IPCA-15 (Índice Nacional
de Preços ao Consumidor 15, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE)“deverá estimular o crescimento das vendas”.

Em contrapartida, a CNC avalia que os
aumentos de 7,7% dos preços dos combustíveis e de 6,7% no das passagens rodoviárias
intermunicipais deverão atingir aqueles que pretendem se deslocar durante a
Semana Santa.

A Confederação ressalta o fato de que
as projeções da entidade “se baseiam nos aspectos sazonais das vendas,
levando-se ainda em consideração as tendências de evolução dos níveis de
ocupação e renda e, principalmente, as variações dos preços de produtos relacionados
com essa data”.


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