Carnaval e escolas de samba seguem como uma prioridade de Gilson

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 25 de dezembro de 2017 às 10:19
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:29
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Enquanto muitos projetos importantes são aprovados no afogadilho, projetos de Carnaval são antecipados

O que elas têm, que nós não temos? A famosa pergunta comparativa pode se utilizada pelas entidades assistenciais de Franca às escolas de samba da cidade. Ambas têm sua importância, guardadas as devidas proporções, mas os grupos carnavalescos têm uma atenção da Prefeitura de causar inveja às instituições filantrópicas.

A lógica de governo de Gilson de Souza (DEM) é complicada. As entidades assistenciais de Franca foram preteridas – em grande parte – pela administração​, durante o ano todo e não receberam recursos previstos, ainda em 2016, das emendas impositivas.

Somente agora, no afogadilho, é que o governo enviou projeto para a Câmara prevendo o pagamento, mas somente no ano que vem, com atraso, e ainda correndo o risco de incorrer em pedalada fiscal, já que não utilizou os recursos do orçamento atual para fazer os repasses, mesmo com dotação orçamentária. 

É uma confusão administrativa que pode trazer consequências, pois se pagar com dinheiro do próximo orçamento, Gilson poderá cometer uma “pedalada” e ficará sujeito a responder por improbidade, assim como os vereadores que se alinharem a ele.

Por outro lado, as escolas de samba, importantes por levar diversão às pessoas, contam com o repasse de recursos do poder público, anualmente. Sem atrasos, sem enrolação e desculpas.

Fica a impressão de uma inversão de valores praticadas por este governo, que não poderia ignorar uma outra imensa fatia da população que depende das instituições filantrópicas para setores como saúde, educação e assistência social.

Vejamos: em outubro, as entidades já estavam com “o chapéu na mão” em busca de recursos e não foram atendidas. No mesmo período, a Prefeitura lançou, com incrível antecedência para os padrões do atual governo, o Carnaval do ano que vem.

Agora, neste final de ano, a situação se repete,com contornos ainda mais dramáticos. O governo tenta aprovar, com prazo agonizante, projeto de lei para pagar as impositivas deste ano, nos moldes acima descritos.

Paralelamente, o prefeito apresentou na Câmara, nesta sexta-feira, para ser aprovado em sessão extraordinária, também com uma antecipação atípica, de quase 90 dias, um projeto de lei pedindo autorização aos vereadores para fazer os repasses para as escolas de samba que desfilarão no Carvanal do próximo ano. 

E são valores relevantes, num total de R$ 275,3 mil, sendo R$ 45,8 mil para cada uma das seis agremiações que deverão participar do evento. Assim, repetimos a pergunta que ecoa pela cidade: o que têm de tão especial as escolas de samba, que não têm as entidades assistenciais?


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