Câncer de mama hereditário representa menos de 10% dos casos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 1 de outubro de 2018 às 12:13
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:03
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O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil

O câncer de mama é o tipo de
câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. Ele não tem uma causa
única. São vários fatores que podem aumentar o risco de desenvolver a doença,
como fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais
e fatores genéticos/hereditários.

Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos,
são mais propensas a desenvolver a doença, mas isso tem mudado. Houve um
aumento na incidência de câncer de mama em mulheres jovens na última década. Em
mulheres com menos de 35 anos, a incidência no Brasil hoje está entre 4% e 5%
dos casos. 

Sintomas

A principal manifestação da doença é o nódulo (caroço), fixo
e geralmente indolor. Ele está presente em cerca de 90% dos casos quando o
câncer é percebido pela própria mulher. Pele da mama avermelhada, retraída ou
parecida com casca de laranja também é sintoma, assim como alterações no
mamilo. Fique atenta também se aparecer algum nódulo na axila ou no pescoço e a
qualquer saída de líquido anormal das mamas. Vale lembrar que grande parte dos
casos são assintomáticos.

As
mulheres devem procurar imediatamente um serviço para avaliação diagnóstica ao
identificarem alterações persistentes nas mamas.

Autoexame

O autoexame deve ser praticado mensalmente entre o 7º e o 10º dia
contados a partir do 1º dia da menstruação. As mulheres que não menstruarem
devem escolher um dia do mês.

– Mama – Para examinar a mama esquerda, coloque a mão esquerda atrás da
cabeça e apalpe com a mão direita. Para examinar a mama direita, coloque a mão
direita atrás da cabeça e apalpe com a mão esquerda.

– Mamilo – pressione os mamilos suavemente. Verifique se há alguma
secreção.

– Axilas – após examinar as mamas, apalpe toda a área debaixo dos
braços.

Hereditariedade

O câncer de mama de origem hereditária representa de 5% a 10%
dos casos da doença no país. A explicação é uma mutação nos genes. “Acontece na
célula germinativa e é passada de geração em geração. Então um filho de um
portador com a mutação tem a chance de herdar 50%”, explica a mastologista
Cláudia Studart.

Cada
paciente representa uma família inteira em risco. A partir daí essas famílias
têm que ter um acompanhamento médico e um aconselhamento genético. 

Diagnóstico

O diagnóstico precoce é fundamental no tratamento contra
qualquer tipo de câncer. A realização anual da mamografia para mulheres a
partir de 40 anos é importante para que o câncer seja diagnosticado
precocemente.

Autoexame:
o autoexame é muito importante para que a mulher conheça bem o seu corpo e
perceba com facilidade qualquer alteração nas mamas e assim procure rapidamente
um médico. Vale lembrar que o autoexame não substitui exames como mamografia,
ultrassom, ressonância magnética e biopsia, que podem definir o tipo de câncer
e a localização dele. 

Prevenção

A prevenção do câncer de mama não é totalmente possível em
função da multiplicidade de fatores relacionados ao surgimento da doença e ao
fato de vários deles não serem modificáveis.

De modo
geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos
fatores protetores. Alimentação, controle do peso e atividade física podem
reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver o câncer de mama. Também
deve-se evitar o consumo de álcool e tabaco. 

Tratamento

O câncer de mama tem pelo menos quatro tipos mais comuns e
alguns outros mais raros. Por isso, o tratamento não deve ser padrão. Cada tipo
de tumor tem um tratamento específico, prescrito pelo médico oncologista.


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