​Câmara intima funcionária que entrou com processo de assédio moral

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 11 de agosto de 2017 às 14:12
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:18
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Funcionária relatou discriminação
e apresentou inúmeros documentos e testemunhas

Eliane Rodrigues durante a solenidade de posse dos atuais vereadores (Foto: Facebook)

Eliane Rodrigues, funcionária da Câmara Municipal desde 2014, aprovada em concurso, movimentou o setor político esta semana quando se revelou que tinha entrado na justiça com um processo de assédio moral contra a Câmara Municipal de Franca.

Depois da divulgação do processo, o presidente do Legislativo francano, Marco Garcia, abriu uma sindicância interna para apurar o que aconteceu, dizendo que quer saber quem causou e o que causou o assédio moral.

Nesta sexta-feira, 11/08, o sindicante nomeado, Carlos Eduardo Evangelista, intimou a funcionária Eliane Rodrigues para um depoimento no dia 17 de agosto, às 9 horas.

Ele diz no ofício de notificação que o não comparecimento da funcionária significa dizer que ela não tem interesse em novas informações e aceita apenas as que já constam do processo.

Histórico

Eliane Rodrigues foi aprovada em concurso na Câmara Municipal em 2014, com mais 15 pessoas, quando o presidente era Jepy Pereira. Cada um dos aprovados foi encaminhado para o gabinete de cada um dos vereadores.

A funcionária foi designada para o gabinete de Jepy Pereira que, como presidente, a levou para trabalhar na presidência.

Incumbida de várias tarefas, cabia a ela cobrar algumas providências dos demais departamentos que existem na estrutura da Câmara Municipal.

Consta que isso fez com que ela fosse antipatizada por outros funcionários, mas em especial alguns que ocupavam cargos de chefia.

Com a morte de Jepy Pereira, Eliane Rodrigues continuou no mesmo gabinete, que passou a ser ocupado pelo então suplente Marcelo Valim, que só teria elogios ao seu desempenho.

Mas nem isso a salvou. Teria começado o assédio moral por parte de outros funcionários e chefias. A maior das ameaças é a de que, como ainda está em estágio probatório de três anos, estipulado pelo concurso, ela não seria efetivada.

Tal situação teria levado a funcionária ao esgotamento. Numa consulta médica, ela foi afastada de suas funções, com atestado assinado por um conceituado psiquiatra da cidade.

Segundo informações de bastidores, Elaine Rodrigues teria procurado o Ministério Público do Trabalho, em Ribeirão Preto.

Quem transita pelos bastidores da Câmara Municipal diz que o presidente Marco Garcia poderia ter evitado que a situação chegasse nesse ponto, mas que agora pode tomar conhecimento de todos os fatos e dar uma decisão a respeito. 


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