Calçados Kidy planeja expandir mercado de vendas no Oriente Médio

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de agosto de 2017 às 07:58
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:18
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Viagem para buscar mercado no Catar, Bahrein, Arábia Saudita e Kuwait ocorre em outubro

A indústria paulista de calçados infantis Kidy pretende aumentar as suas exportações e conta com o crescimento no Oriente Médio para alcançar a meta. A empresa destina atualmente 7% da produção para o mercado internacional e planeja elevar o percentual para 15% no ano que vem. A Kidy tem três unidades industriais e produz 23 mil calçados por dia.

O objetivo é crescer nos países árabes em que a marca já está, que são Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Líbia, e entrar também em novos mercados na região. O gerente de Comércio Exterior da empresa, Rodrigo Nunes, fará uma viagem ao Catar, Bahrein, Arábia Saudita, Omã e Kuwait no mês de outubro para buscar mais parcerias.

Os calçados da Kidy estão presentes em mais de 40 países. A América do Sul é a principal compradora, mas o Oriente Médio é o segundo mercado internacional mais importante para a empresa, de acordo com Nunes. As importações da região respondem por 15% do volume embarcado ao exterior.

A Kidy se baseia no bom histórico de compras da sua marca pelos árabes e no potencial econômico da região para projetar mais vendas. “A expectativa é fazer boas parcerias nestes outros países”, afirmou o gerente de Comércio Exterior sobre Catar, Bahrein, Arábia Saudita, Omã e Kuwait. Nos Emirados, a Kidy é comercializada em Dubai e também em Abu Dhabi, nas duas principais cadeias de varejo do segmento, cada uma com mais de 300 lojas.

“Recebemos um feedback positivo dos nossos clientes”, afirmou Nunes à ANBA. De acordo como gerente, o “Made in Brazil” está forte na região e já existe um desejo de compra da marca Kidy. Segundo Nunes, os países árabes buscam em um sapato infantil o que a Kidy oferece, que é saúde e conforto. As duas palavras são parte do slogan da marca.

A Kidy fabrica calçados em couro e também em sintético. Os últimos são bem comercializados nos países árabes, em função do seu toque macio, mas os produtos em couro são os mais vendidos, de acordo com Nunes. Além dos calçados em couro, as lojas da região procuram na marca principalmente os modelos casuais e as sandálias bebê e infantil.

A empresa paulista tem matriz em Birigui e duas unidades fabris, uma na cidade de Mirandópolis, também interior de São Paulo, e a outra em Três Lagoas, no estado de Mato Grosso. A Kidy foi fundada há 27 anos e desde o começo das atividades esteve voltada para a exportação. A área, no entanto, ganhou força principalmente nos 15 anos.

Nunes conta que o relacionamento com o mercado do Oriente Médio começou com contatos feitos com os importadores árabes em feiras nacionais nas quais a Kidy expõe. Posteriormente às feiras, a empresa convidou os árabes para visitas à fábrica e também enviou representantes para a região. Deste trabalho comercial, a Kidy conseguiu boas parcerias no mundo árabe.

A Kidy participa das feiras Francal e Couromoda, na capital paulista, e Zero Grau e Salão Internacional do Couro e do Calçado (SICC), no Rio Grande do Sul. Ela também expõe em mostras no exterior, nos Estados Unidos, Itália, Colômbia e China.

A Kidy é associada da Câmara de Comércio Árabe Brasileira e contará com o apoio da entidade para realizar a viagem ao Oriente Médio em outubro, com fornecimento de informações de mercado, dados e contatos.

A empresa produz calçados infantis para meninas e para meninos, do número 16 até 36. São lançadas duas coleções por ano, a de verão em maio e a de inverno em outubro. Entre as coleções são feitos alguns lançamentos como reforços. No Brasil, a Kidy é vendida em mais de 10.400 pontos de venda, todos lojas multimarcas.


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