Brasil reduz em 44,6% o número de fumantes passivos no trabalho

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 29 de agosto de 2018 às 15:37
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:58
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O percentual, segundo o Ministério da Saúde, passou de 12,1% em 2009, para 6,7% em 2017

Dados do Ministério
da Saúde divulgados nesta quarta-feira, 29 de agosto, apontam queda em
44,6% no percentual de fumantes passivos no local de trabalho nos últimos nove
anos. O percentual, segundo a pasta, passou de 12,1% em 2009, para 6,7% em
2017. 

Os números são do último levantamento do Sistema de Vigilância
de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico
(Vigitel 2017). O estudo ouviu, ao todo, 53.034 pessoas nas 26 capitais e no
Distrito Federal.

A série histórica apontou redução de fumantes passivos no
ambiente de trabalho de 45,6% entre mulheres e 43,5% entre homens. Em 2009, as
mulheres representavam 7,9% deles, passando para 4,3% em 2017. Já entre os
homens, o percentual era de 17% e reduziu para 9,6% no ano passado.

Os dados destacam que a frequência de fumantes passivos no local
de trabalho é maior entre homens de 45 a 54 anos e mulheres de 35 a 44 anos. O
menor percentual foi entre mulheres e homens com 65 anos ou mais. O estudo
mostra ainda que a frequência de fumantes passivos nesse ambiente diminuiu com
o aumento da escolaridade para ambos sexos.

Nas capitais, a frequência de fumantes passivos no local de
trabalho variou entre 3,7%, em Porto Alegre e 9,7%, em Porto Velho. Entre os
homens, as maiores frequências foram observadas em Porto Velho (14,5%), no
Recife (13,0%) e em Campo Grande (12,9%) e, entre as mulheres, no Distrito
Federal (6,4%), em João Pessoa (6,0%) e Rio Branco (5,9%).

Já as menores frequências entre os homens foram observadas em
Porto Alegre (5,2%), Curitiba (5,9%) e no Distrito Federal (6,7%). Para o sexo
feminino, as menores frequências ocorreram em São Luís (2,1%), Porto Alegre
(2,4%) e Vitória (2,6%).

Fumantes passivos no domicílio

Ainda de acordo com o Ministério, dados da Vigitel também
apontam queda de 37,8% no número de fumantes passivos no local de domicilio,
saindo de 12,7% em 2009 para 7,9% em 2017. Entre as mulheres, a redução foi de
43,3% e entre os homens, de 37,8%.

Em 2009, as mulheres representavam 13,4% dos fumantes passivos
no local de domicilio, passando para 8,4% em 2017. Já entre os homens, o
percentual era de 11,9% em 2009 e 7,4% no ano passado.

Os números que também mostram que a frequência de fumantes
passivos no domicilio é maior entre homens de 25 a 34 anos e entre mulheres de
18 a 24 anos. O menor percentual foi entre mulheres e homens na faixa etária de
65 anos ou mais.

A prevalência de fumantes passivos no domicílio variou entre
5,2%, em Palmas, e 10,4%, em Macapá. Entre os homens, as maiores frequências
foram observadas nas capitais Aracaju (9,8%), Belo Horizonte (9,5%) e Fortaleza
(9,4%) e, entre as mulheres, em Macapá (12,7%), no Recife (11,4%) e
em Natal (10,4%).

Já as menores frequências entre os homens foram observadas em
Salvador e São Luís (ambas com 4,6%) e Manaus (4,8%); e as menores, entre as
mulheres, em Palmas e Vitória (ambas com 4,7%) e Florianópolis (5,5%).

Consumo

Por fim, dados do ministério revelam que a frequência do consumo
do tabaco entre fumantes nas capitais brasileiras caiu 36% no período de 2006 a
2017. Nos últimos anos, a prevalência de fumantes passou de 15,7%, em 2006,
para 10,1% em 2017.

A frequência do hábito de fumar foi maior entre adultos com
menor escolaridade (13,2%) e caiu para 7,4% entre aqueles com 12 anos ou mais
de estudo. O inquérito também mostrou que, entre as capitais com maior
prevalência de fumantes estão Curitiba (15,6%), São Paulo (14,2%) e Porto
Alegre (12,5%). Salvador foi a capital com menor prevalência de fumantes
(4,1%).


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