Brasil ainda tem mais de 11 milhões de analfabetos, segundo IBGE

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 22 de dezembro de 2017 às 00:58
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:29
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A taxa apresenta maior incidência entre negros e pardos, sendo mais que o dobro do que entre brancos

O Brasil ainda tem 11,8 milhões de analfabetos. A taxa de analfabetismo das pessoas com 15 ou mais anos de idade foi estimada em 7,2% em 2016, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua): Educação, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O analfabetismo é mais agudo entre pretos e pardos, onde a incidência de analfabetos é mais que o dobro do que entre brancos. Na população de cor branca, quatro em cada 100 pessoas eram analfabetas. Entre os pretos ou pardos, 10 em cada 100 eram analfabetos.

A situação fica mais grave com o avanço da idade. De cada dez pessoas pretas ou pardas com 60 anos ou mais, três são analfabetas. Entre os brancos, há apenas um idoso analfabeto a cada dez.

No entanto, o Plano Nacional de Educação – PNE instituído pela Lei n. 13.005, de 2014, previa uma redução da taxa de analfabetismo para 6,5%, em 2015, feito alcançado apenas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

De acordo com a analista do IBGE, Marina Aguas, os dados são importantes para fomentar políticas públicas para a redução do analfabetismo, comentou.

A Região Nordeste tinha a maior taxa de analfabetismo (14,8%), mais de quatro vezes superior às taxas estimadas para as Regiões Sudeste (3,8%) e Sul (3,6%). Na Região Norte, o analfabetismo foi de 8,5% e, no Centro-Oeste, 5,7%.

A meta do Plano Nacional de Educação prevê uma erradicação total do analfabetismo ao final da vigência do Plano, em 2024. 


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