Benzedeira usa postes da rede de iluminação da cidade como “outdoor”

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 3 de setembro de 2018 às 06:21
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:59
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Enquanto candidatos têm várias restrições, mulher promove seu negócio sem dificuldades

Nesta época de eleições, a fiscalização sobre as duas dezenas de candidatos com base eleitoral em Franca é intensa. Em relação a outros processos eleitorais, pode-se fazer muito pouco. Qualquer deslize rende multas e até impugnação das candidatos.

Se um candidato tiver a ousadia de colar material de campanha em um poste de iluminação da rede pública de energia sua vida não será fácil e terá que responder na Justiça Eleitoral. É a regra do jogo e quem se dispôs a candidatar tem que aceitar.

Por outro lado, outros ramos de negócios não sofrem com tais restrições. É o caso de uma benzedeira, que utiliza os postes para fazer propaganda de seus trabalhos espirituais. 

Em vários bairros é possível ver seu nome, telefone e síntese do trabalho. “Trazemos a pessoa amada em sete dias” e sua origem, “recém-chegada da Bahia”. A população tem visto e reclamado, porém, a fiscalização da Prefeitura parece não ligar, pois os papéis continuam espalhados aos milhares.

A fiscalização não teria qualquer dificuldade para encontrar a mulher e notificá-la ou até multá-la, pois ela própria fornece o telefone. Bastaria marcar uma “consulta” para localizar seu endereço. 

Basta que os fiscais de Obras e Posturas da Prefeitura, os mesmos que não se dispuseram a fiscalizar os camelôs e vendedores ambulantes, façam seu trabalho e autuem a benzedeira, que como qualquer outro cidadão tem que cumprir a lei.


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