Barroso fala sobre fake news e nepotismo em sua palestra na Faculdade

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 9 de março de 2018 às 11:32
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:36
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Problemas abordados por ministro do STF são recorrentes na gestão de Gilson de Souza em Franca

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, abordou nesta manhã, em palestra na Faculdade de Direito de Franca, dois assuntos recorrentes na administração do prefeito Gilson de Souza (DEM): o nepotismo e as fake news.​

No segundo caso, o próprio ministro disse que sente na pele a repercussão de notícias falsas e anônimas divulgadas principalmente nas redes sociais.  

“Eu me preocupo com as fake news. Sou vítimas delas. Disseram que num julgamento, após votar o afastamento de um senador, disseram que eu abri uma garrafa de champanhe. Primeiro, não comemoraria o sofrimento de ninguém. Depois, não entra álcool no meu gabinete”, contou Barrros.

O ministro citou ainda outra situação, que o atingiu diretamente na vida pessoal. “Disseram que a advogada da JBS passava o Natal comigo. Tive que me explicar até com minha mulher. Mas só a verdade ofende. Se alguém se ofender muito com alguma coisa é porque tem coisa errada”, relatou o magistrado. “O Supremo garante a liberdade de expressão e imprensa em um país cuja tradição não era essa”.

Em Franca, embora não haja uma relação direta com o prefeito Gilson de Souza, há casos de servidores comissionados que utilizam de acusações e calúnias na tentativa de “defender” o prefeito, causando efeito contrário e ocasionando desgaste à imagem de Gilson.

Quanto ao nepotismo, Barroso afirmou que Supremo envida esforço no combate a esta prática, ainda tão comum em todo o Brasil. “Algumas pessoas não tomam posse no cargo, mas sim tomam posse do cargo, como se a estrutura pública lhe pertencesse”, disse o ministro do STF.

Em Franca, vários casos ligados a suposta prática de nepotismo já foram registradas no atual governo. Gilson empregou, no início de seu mandato, seu genro, a namorada do filho, ambos já exonerados, e colocou a nora em função de chefia, recebendo Função Gratificada, por ser concursada, na Secretaria de Educação. Ela também já não ocupa mais o cargo.


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