Banco Central reduz juros básicos da economia para 6,5% ao ano

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 22 de março de 2018 às 00:47
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:38
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Com redução, Selic continua no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central em 1986

Pela 12ª vez seguida, o Banco Central (BC) baixou os
juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária
(Copom) reduziu na última quarta-feira, 21 de março, a taxa Selic em 0,25 ponto
percentual, de 6,75% ao ano para 6,5% ao ano.
A decisão já era aguardada
pelos analistas financeiros.

Com a redução dessa
quarta, a Selic continua no menor nível desde o início da série histórica do
Banco Central, em 1986.

De outubro de 2012 a
abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada
gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o
Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a
6,75% ao ano em fevereiro, o nível mais baixo até então.

Em comunicado, o Copom informou que a inflação evoluiu de forma
melhor que o esperado nesse início de ano. De acordo com o BC, o comportamento
da inflação permanece favorável, com diversos preços mais sensíveis aos juros e
ao ciclo econômico em níveis baixos. O órgão sinalizou que deve continuar a
reduzir os juros na próxima reunião, em 15 e 16 de maio, mas que deve
interromper o ciclo de quedas depois disso.

Apesar do corte, o
Banco Central está afrouxando menos a política monetária. De abril a setembro,
o Copom havia reduzido a Selic em 1 ponto percentual. O ritmo de corte caiu para
0,75 ponto em outubro, 0,5 ponto em dezembro e 0,25 ponto nas reuniões de
fevereiro e de hoje.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter
sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o IPCA acumula 2,84% nos 12 meses terminados em fevereiro,
abaixo do piso da meta de inflação, que é de 3%. O IPCA de março só será
divulgado no início de abril.

Até 2016, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecia meta
de inflação de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a
6,5%. Para 2017 e 2018, o CMN reduziu a margem de tolerância para 1,5 ponto
percentual. A inflação, portanto, não poderá superar 6% neste ano nem ficar
abaixo de 3%.


+ Economia