Auxílio emergencial: mais de 107 mil devolvem o que receberam indevidamente

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 31 de julho de 2020 às 14:33
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:02
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Governo diz ter recuperado mais de R$ 100 mi pagos a quem não se enquadra nos critérios para receber benefício

A Caixa Econômica Federal é o banco pagador do auxílio emergencial

O auxílio emergencial recebido indevidamente já foi devolvido por 107.707 pessoas, segundo o Ministério da Cidadania. Com isso, o governo federal afirma já ter recuperado mais de R$ 100 milhões pagos a cidadãos que não se enquadravam nos critérios para o recebimento do benefício.

Essas pessoas, de acordo com a pasta, emitiram Guias de Recolhimento da União (GRU) pelo site ​devolucaoauxilioemergencial.cidadania.gov.br, para devolver a quantia (veja abaixo como proceder). Pelos dados oficiais, 81,7 mil devoluções foram feitas por civis e 25,9 mil por militares.

Dados oficiais já revelaram, por exemplo, que cerca de 320 mil agentes públicos receberam o benefício sem ter direito, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU).

Além disso, o site criado para a devolução do dinheiro foi lançado em 18 de maio, depois de o Ministério da Defesa admitir que 73.242 militares tinham recebido indevidamente a primeira parcela do benefício de R$ 600. O portal criado pelo governo, porém, permite que qualquer pessoa que tenha recebido alguma parcela fora dos critérios estabelecidos faça a devolução.

A devolução dos valores recebidos indevidamente pode ser feita pelo site. Basta que o beneficiário informe o número do CPF e a data de nascimento.

Para isso, será preciso selecionar a opção de pagamento da GRU: “Banco do Brasil” ou “qualquer Banco”.

Para pagamento no Banco do Brasil, basta marcar a opção “Não sou um robô” e clicar no botão “Emitir GRU”.

Para pagamento em qualquer banco, é necessário informar o endereço do beneficiário, conforme informações que serão pedidas após selecionar “Em qualquer banco”, marcar a opção “Não sou um robô” e clicar no botão “Emitir GRU”.

O sistema vai gerar uma guia com o valor integral recebido pelo cidadão. A GRU pode ser paga em diferentes canais de atendimento dos bancos, como internet banking, caixa eletrônico e guichê de caixa.

Segundo o Ministério da Cidadania, a Dataprev — empresa de processamento de dados do governo federal, responsável por processar os pedidos de auxílio emergencial — analisou 148 mil requerimentos. 

Do total, 66,9 milhões foram considerados aptos a receber o pagamento, por se enquadrarem nos requisitos de recebimento. Até agora, segundo o governo, foram desembolsados R$ 141,8 bilhões.

Têm direito ao auxílio emergencial as famílias de baixa renda cadastradas no Bolsa Família e no Cadastro Único, além dos desempregados (sem seguro-desemprego) e dos trabalhadores informais, como microempreendedores individuais (MEIs) e contribuintes individuais da Previdência Social.

Segundo o Ministério da Cidadania, há também um canal aberto para registros de denúncias de fraudes. Trata-se do Fala.Br, uma plataforma integrada de ouvidoria e acesso à informação da CGU.

O Portal da Transparência também traz a relação dos que receberam o auxílio por estado, município e mês de pagamento.


+ Economia