Ataques cardíacos são mais fatais em meses mais frios, aponta estudo

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 6 de junho de 2018 às 01:32
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:47
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Estudo foi realizado por cardiologistas britânicos com mais de quatro mil pacientes em quatro anos

De acordo com um novo estudo
realizado por médicos cardiologistas do hospital britânico Leeds General
Infirmary, os ataques cardíacos são mais fatais em meses mais frios. O estudo
foi apresentado na última terça-feira, 05 de junho, na Conferência da Sociedade
Cardiovascular Britânica em Manchester, Inglaterra.

O estudo comparou os dados de mais de quatro mil
pacientes que receberam tratamento para ataque cardíaco em quatro anos
separados, e descobriram que os ataques cardíacos mais graves foram mais fatais
nos seis meses mais frios, em comparação com os mais quentes.

O número total de ataques
cardíacos foi aproximadamente o mesmo na metade mais fria do ano, em comparação
com os meses mais quentes, com os mais sérios ataques cardíacos levando à parada
cardíaca e choque cardiogênico.

Porém, o risco de morrer nos 30 dias depois de ter de um
ataque cardíaco grave foi quase 50% maior nos seis meses mais frios, em
comparação com os seis meses mais quentes.

A parada cardíaca é quando o coração para de bombear
sangue pelo corpo, enquanto o choque cardiogênico é quando o coração não
consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo. Ambas
as condições são frequentemente causadas por um ataque cardíaco grave, mas nem
todos que têm um ataque cardíaco têm uma parada cardíaca ou choque
cardiogênico.

Os
pesquisadores ainda querem realizar novos estudos para entender melhor as
causas desta diferença. “Você obviamente não pode escolher quando terá um
ataque cardíaco, mas não deve ter um impacto tão grande nas suas chances de
sobreviver. É vital que façamos mais pesquisas para descobrir por que existem
essas diferenças, além de continuarmos fazendo tudo o que pudermos para impedir
que as pessoas tenham ataques cardíacos”, disse Metin Avkiran, médico na
Fundação Britânica para o Coração.


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