Alimentos ricos em colina na gravidez beneficiam o cérebro do bebê

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 7 de janeiro de 2018 às 23:24
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:31
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Resultado de pesquisa mostrou relação entre o consumo de determinado nutriente e aumento do QI na infância

Mulheres grávidas que consomem quantidades suficientes do nutriente colina durante a gravidez fazem com que seus descendentes tenham ganhos cognitivos duradouros, segundo um novo estudo da Universidade Cornell, nos Estados Unidos. A colina é encontrada em gemas de ovos, carne vermelha magra, peixe, aves, legumes, nozes e vegetais crucíferos.

De acordo com os pesquisadores, que publicaram suas descobertas no periódico Journal of the Federation of American Societies for Experimental Biology, os testes foram feitos com grávidas que consumiam diariamente cerca do dobro da quantidade de colina atualmente recomendada.

Neste estudo, 26 mulheres foram divididas aleatoriamente em dois grupos e todas consumiram exatamente a mesma dieta. Entretanto, metade ingeriu 480 mg/dia de colina, um pouco mais do que o nível de ingestão adequado, e a outra metade consumiu 930 mg/dia.

Depois, os cientistas testaram a velocidade de processamento da informação e a memória dos bebês, aos 4, 7, 10 e 13 meses de idade. Eles analisaram quanto tempo cada criança demorou para olhar para uma imagem e mediram o tempo que elas levaram para produzir essa resposta. No resultado, o teste mostrou relação entre os filhos de mulheres que ingeriram a colina e um aumento de QI na infância. Além disso, a pesquisa mostrou que os bebês que demonstram velocidades de processamento rápidas normalmente continuaram com essas características à medida que envelheceram.

“Parte disso é devido às tendências e práticas alimentares atuais”, disse Richard Canfield, psicólogo e autor do estudo. “Há muitos alimentos ricos em colina que têm uma má reputação nos dias de hoje”, disse ele. Os ovos, por exemplo, são ricos em colesterol e os profissionais de saúde indicam cautela no consumo desses alimentos entre as mulheres grávidas, o que pode impedir que essas pessoas os consumam, mesmo que esses riscos sejam baixos para os pasteurizados ou cozidos. As carnes vermelhas são muitas vezes evitadas pelo alto teor de gorduras saturadas, e o fígado não é comumente consumido, acrescentou.


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