No PMDB foram oito votos a favor e dois contrários, Veja os votos das bancadas
Senadores de partidos que já anunciaram oposição ao futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL) se dividiram na votação do reajuste dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), aprovado na última quarta-feira, 7, por 41 votos favoráveis, 16 contrários e uma abstenção.
Entre parlamentares do PT, PCdoB, PSB, PDT e Rede, foram sete votos contra o reajuste de 16,38% e cinco a favor.
O senador francano Airton Sandoval (PMDB) que não foi candidato à reeleição votou contrariamente ao projeto de reajuste
Com o ajuste, os ministros do STF podem passar a ter uma remuneração de R$ 39,2 mil mensais, a depender da sanção presidencial de Michel Temer (MDB). Por votação simbólica, os senadores aprovaram também o reajuste dos membros da Procuradoria-Geral da República.
O DEM, que tem se aproximado de Bolsonaro, também votou dividido: foram três votos contrários ao projeto de lei que já havia passado na Câmara e dois favoráveis. Apesar da neutralidade no 2º turno das eleições, o DEM tem dois ministros anunciados no próximo governo: Tereza Cristina, na Agricultura, e Onyx Lorenzoni, na Casa Civil.
Maior bancada do Senado, o MDB votou majoritariamente a favor do reajuste. Foram oito votos “sim”, dois contrários e uma abstenção. Dos 11 senadores do PSDB presentes na votação, só um foi contra o reajuste.
Senadores do PRB, PR, Podemos e PSD, que não oficializaram apoio a nenhum candidato na corrida presidencial, votaram todos a favor do reajuste. Também disseram “sim” ao projeto de lei senadores do PTB, que apoiou Bolsonaro contra Fernando Haddad (PT) e do PROS, que estava coligado com o petista.
No PT, três senadores foram contrários à medida, enquanto outros dois apoiaram o projeto. No PSB, dois senadores votaram contra e um apoiou a medida. Os únicos integrantes da Rede e do PCdoB foram contra a medida, enquanto dois pedetistas apoiaram o reajuste.
O reajuste no salário dos ministros do STF também determina o teto salarial do funcionalismo público, que passa de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil por mês. As consultorias de Orçamento da Câmara e do Senado estimam que o “efeito cascata” da mudança pode chegar a R$ 4,1 bilhões nas contas da União e dos Estados.