Adermis mostra coragem ao expor postura duvidosa de Corrêa em comissão

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 07:47
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:20
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Tucano afirma que Corrêa agiu como “rolo compressor” para aprovar projeto dos cargos comissionados

​O vereador Adermis Marini (PSDB) demonstrou coragem, neste domingo, ao criticar abertamente a postura de Corrêa Neves Júnior (PSD), líder informal e conselheiro político do prefeito Gilson de Souza (DEM).

O tucano quebrou o protocolo e fez críticas diretas ao vereador governista em razão do projeto aprovado pela Câmara dos Veredores que criou 104 cargos comissionados na estrutura da administração municipal.

As críticas de Adermis vem na sequência das declarações feitas pelo ex-secretário de Administração e Recursos Humanos, Alberto Cordero Donha, de que o projeto está repleto de falhas e que poderá o prefeito, em razão dele, ser alvo de ação de improbidade administrativa.

Adermis afirma que votou contra o projeto e que, no dia da votação, realizada em uma sessão extraordinária, num sábado, alertou Corrêa Neves Junior, presidente da Comissão de Justiça da Câmara.

“Alertei o Corrêa que ele estava cometendo um grave erro ao ir contra a todos os pareceres jurídicos e “bancar”  um projeto que necessitava de maiores discussões. As declarações do juiz aposentado e ex-secretário Dr. Alberto Donha confirmam os nossos alertas”, disse o tucano.

Adermis Marini afirmou também que o governo Gilson de Souza teve seis meses para discutir o projeto e apresentá-lo na Câmara, mas que não o fez. 

“Enviou um projeto que poucos tiveram acesso, em regime de urgência, sem qualquer trâmite de transparência – veja as declarações do Dr. Donha. E o que é mais grave, com parecer jurídico contrário”, explicou o vereador do PSDB.

O tucano garantiu ainda que não houve o que a oposição pudesse fazer para evitar a apresentação de uma propositura cheia de pendências.

“O vereador Corrêa Neves Junior elaborou um parecer favorável e, como um rolo compressor, usou a base do governo na Câmara e a tramitação do projeto em caráter de urgência para conseguir a aprovação do projeto de lei. Lamentável postura. A Câmara é o local do debate e aperfeiçoamento das propostas do Poder Executivo, não um “puxadinho” da Prefeitura”, atacou. 

Adermis disse também que, neste domingo, ele e o vereador Marco Garcia (PPS) fizeram um estudo e nesta segunda-feira (28) ambos irão tomar providências legais. “Serão medidas visando a transparência e a independência do Legislativo em exercer sua real função”, concluiu.


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