Abril representa queda de 7,5% no faturamento das indústrias de materiais

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  • Publicado em 13 de maio de 2017 às 19:38
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:11
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Mês teria sido prejudicado pelo maior número de feriados, o que impactou o mercado de varejo na área

O índice da ABRAMAT – Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção – revela queda de 7,5% no faturamento total deflacionado das vendas dos materiais de construção em abril na comparação com o mesmo mês de 2016. O resultado acumulado dos últimos 12 meses apontou decrescimento um pouco mais intenso de 8,8%.

De acordo com o levantamento, o resultado de abril foi muito prejudicado pelo maior número de feriados, uma vez que o segmento de mercado de varejo de materiais é muito sensível aos dias úteis. Sem contar com o segmento das construtoras que continua deprimido por conta do baixo ritmo de lançamentos imobiliários e obras de infraestrutura.

Como prevíamos, o primeiro semestre deverá terminar com uma queda nas vendas ao redor de 5% e a expectativa é de uma recuperação no segundo semestre. Para que isso aconteça é necessária uma melhora sensível no financiamento de moradias, uma retomada mais intensa no programa MCMV, uma aceleração no programa de concessões e PPPs, bem como a recuperação no nível de emprego na economia”, destaca Walter Cover, presidente da ABRAMAT.

As indústrias de materiais segmentados em base e acabamento também apresentaram variações negativas, de -6,1% e -9,3%, respectivamente, frente a abril de 2016. Em comparação a março de 2017, houve queda de 6,1% nas vendas de base e 9,7% nas vendas de materiais de acabamento.

O Índice também aponta que o nível de emprego da indústria de materiais de construção obteve queda. No mês de abril a retração é de 5,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. Já frente ao mês de março de 2017, houve leve crescimento de 0,1%, porém a variação acumulada de 12 meses mostra queda de 8,2%.

Para a ABRAMAT, o resultado acumulado no ano do faturamento deflacionado de -5,9% é compatível com a progressiva desaceleração das quedas que acontece desde a segunda metade de 2016. As projeções para os próximos meses ainda mostram quedas, mas não tão expressivas quanto às observadas no ano anterior.


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