​A violência nossa de cada dia

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de agosto de 2017 às 17:56
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:19
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A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota

Todos devem ter acompanhado o que ocorreu com a professora catarinense Márcia Friggi, que sofreu violência em sala de aula de um aluno de 15 anos.

O rosto ensanguentado da professora estampado nos portais e jornais e nas redes sociais – ela mesma publicou em seu perfil no Facebook – seria mais um em um país em que pessoas são vitimas de uma violência desenfreada.

Fiquei estarrecido de ler comentários de gente achando que um erro justifica o outro. Explico: começaram a puxar a capivara buscar postagens da professora, declarada de esquerda, e acharam um comentário dela (entre outras coisinhas) em que a professora não vê problema algum (até elogiou) a ovada de uma militante do PCdoB contra o deputado Jair Bolsonaro.

Li coisas do tipo: “Apanhou pouco! O feitiço virou contra o feiticeiro!” e “Ela é vítima da violência que indiretamente incentiva” e por aí vai.

Gente! Desculpe a franqueza, mas quem disse que ela mereceu apanhar por ser de esquerda ou por ter incentivado a ovada é tão incentivador da violência quanto a que ela apoiou (a ovada). Um erro justifica o outro?

Curiosamente o fato ocorreu na semana em que se comemora o DIA DA INJUSTIÇA (23/09). A injustiça interrompe a razão e enfraquece a certeza do que se é correto.

Diante disso, nada justifica a violência. NADA. Nem a verbal, nem a que parte de uma ovada ou bolinha de papel ou aquela violência ao patrimônio e ao dinheiro público.

Precisamos, portanto, manter o mínimo de civilidade, senão nos tornaremos bestas feras derrotadas.

Fiz esse o “gráfico” abaixo pra ver se o pessoal entende. Acho que tem gente que nem desenhando consegue compreender. O mundo está cego, polarizado e relativista demasiadamente.


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