“A MÚSICA E OS MÚSICOS”

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 26 de agosto de 2019 às 16:19
  • Modificado em 29 de outubro de 2020 às 23:44
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No terceiro álbum do U2, o quarteto de Dublin, Irlanda, articulou suas visões ardentes sobre política e a condição humana. Com um som próximo do “garage”, o álbum batizado de War, gravado em 1983, continua sendo um dos discos do U2 que apresentam um som mais cru. Sem dúvida, a música mais pungente desse trabalho é “Sunday Bloody Sunday”. Os ritmos militares do baterista Larry Mullen Jr. e o riff descendente da guitarra de The Edge formam o suporte perfeito para a declaração pessoal de Bono Vox contra a continuação da guerra entre o IRA e o governo britânico.

“New Years Day” critica a estagnação e, simultaneamente, se alegra com a promessa de mudanças, declarando claramente que, apesar de estar dividido em dois, o mundo também pode ser “como um”.

“Surrender” é uma jóia mais delicada e demonstra a capacidade do U2 de criar música atmosférica.

War também é notável pela inclusão de “Seconds”, uma das duas únicas músicas que a banda gravou com The Edge como cantor.

O hino “40” foi utilizado para encerrar os shows do grupo durante os anos 80.

War entrou para o primeiro lugar nas paradas inglesas (ficou em 12º lugar nos Estados Unidos) e foi o último disco que produziram com Steve Lillywhite no comando. O produtor havia trabalhado anteriormente em Boy e October.

O álbum em questão é um marco: o tratamento dado por Lillywhite às músicas combina energia em estado puro com maestria na produção em estúdio. A voz de Bono se impõe e exige atenção, enquanto as linhas de guitarra de The Edge são vitais, mas sem nunca sobrepujarem a banda. Um disco eterno.

Fontes : “1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer”- Ed. Sextante

Revista da Música

Arquivo Pessoal de Dados

Foto: Divulgação


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